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Legislação “zapzap”: deputado quer proibir empréstimos de empresas estatais e bancos brasileiros a órgãos ou governos estrangeiros

Um novo projeto de lei, o PL 186/23, está sendo discutido na Câmara dos Deputados e tem como objetivo proibir que instituições financeiras e empresas estatais concedam créditos a órgãos internacionais ou governos estrangeiros. Aqueles que desobedecerem a norma podem ser punidos de acordo com a Lei 13.506/17, que trata dos processos administrativos do Banco […]

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Um novo projeto de lei, o PL 186/23, está sendo discutido na Câmara dos Deputados e tem como objetivo proibir que instituições financeiras e empresas estatais concedam créditos a órgãos internacionais ou governos estrangeiros. Aqueles que desobedecerem a norma podem ser punidos de acordo com a Lei 13.506/17, que trata dos processos administrativos do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), define as multas máximas e permite a formulação de acordos com os infratores.

O deputado José Medeiros (PL-MT), autor do projeto, citou declarações recentes do governo sobre o possível retorno do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos financiamentos de projetos de engenharia no exterior. Ele criticou o investimento de grandes quantias de dinheiro em projetos no exterior, que podem não trazer benefícios claros para o Brasil, enquanto há demandas urgentes não atendidas no país.

Acontece que os empréstimos, quando bem executados, tendem a trazer mais benefícios que problemas ao Brasil.

Em primeiro lugar, eles contribuem para o fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com outros países, o que pode ter um impacto positivo nas exportações brasileiras e na economia do país. Além disso, os empréstimos podem ajudar a aumentar a influência do Brasil no cenário internacional e fortalecer sua posição como um importante ator global.

Os empréstimos também podem ser usados para financiar projetos de desenvolvimento econômico e social, como infraestrutura, saúde, educação e energia renovável. Isso pode melhorar a qualidade de vida das populações locais e contribuir para o desenvolvimento sustentável dos países beneficiários.

Além disso, a concessão de empréstimos a outros países pode ajudar o BNDES a diversificar seus investimentos e reduzir o risco de concentração em um único setor ou mercado. Por fim, os empréstimos podem gerar receitas para o BNDES, através de juros e taxas de administração, o que pode contribuir para sua sustentabilidade financeira. Em resumo, os empréstimos do BNDES a outros países podem ser benéficos para o Brasil, para os países beneficiários e para o próprio banco.

Vale reforçar também que em maioria dos casos a contratação de empresas brasileiras é uma condição para a concessão do empréstimo pelo BNDES. Isso pode ocorrer quando o objetivo é garantir a transferência de tecnologia brasileira para o país receptor do empréstimo, ou quando há uma estratégia de ampliar o mercado internacional para as empresas brasileiras.

Ou seja, a proibição de empréstimos prejudica unicamente o Brasil e o BNDES.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Paulo

24/02/2023 - 21h38

É, e sempre foi, uma temeridade conceder empréstimos a Cuba, Venezuela, Argentina, etc. Como disse certa feita o atual presidente do BNDES, ainda no ministério de Dilma, quando indagado a respeito de aumento (reposição) aos servidores públicos, com a fisionomia contrafeita e fazendo caras e bocas: “veja, nós não podemos”!


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