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Israel vive novo final de semana de protesto contra reforma judiciária defendida por governo

Estimativas da impressa local apontam que 500 mil pessoas ocuparam as ruas de diversas cidades do país Publicado em 12/03/2023 – 14h59 Por Redação – Brasil de Fato – São Paulo (SP) Brasil de Fato — Considerado pela mídia local como o maior protesto da série que vem acontecendo há dez semanas, o ato do […]

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Jack Guez/AFP/Direitos Reservados

Estimativas da impressa local apontam que 500 mil pessoas ocuparam as ruas de diversas cidades do país

Publicado em 12/03/2023 – 14h59

Por Redação – Brasil de Fato – São Paulo (SP)

Brasil de Fato — Considerado pela mídia local como o maior protesto da série que vem acontecendo há dez semanas, o ato do sábado (11) pode ter reunido mais de 500 mil pessoas em várias cidades do país, principalmente na capital Tel Aviv.

O foco dos manifestantes é denunciar a reforma no Poder Judiciário que o governo do premiê Benjamin Netanyahu está propondo e já foi parcialmente aprovada em primeira fase pelo Parlamento (Knesset) de Israel no final de fevereiro. Esta semana pode ser decisiva para a finalização do projeto.

Entre os cartazes empunhados pelos manifestantes, o que mais se lia era “Salve a democracia de Israel”.

                                       “Democracia está nos nossos corações”, está escrito no cartaz levado ao protesto do último sábado (11) – Jack Guez/AFP

A mensagem denuncia a influência decisiva, caso o projeto seja aprovado, que o governo poderia ter sobre a escolha de juízes, além de impedir que a Suprema Corte do país revise leis aprovadas pelo Parlamento.

O premiê Benjamin Netanyahu tem defendido que as mudanças impediriam que as Cortes judiciais extrapolassem seu poder e restauraria o equilíbrio entre o Parlamento e Justiça.

O número de 500 mil manifestantes impressiona, principalmente, pelo fato de que o país tem uma população de aproximadamente 9 milhões. Por tanto, segundo as estimativas, é possível afirmar que 5% da população protestou no último sábado.

Ano turbulento

Este ano, o governo israelense lançou a Operação Break the Wave [Quebrar a onda] em resposta ao habbat sha’biyya [revoltas populares] que começaram novamente na Palestina e expressam a frustração gerada pelas campanhas de pressão israelenses e o quase colapso da vida econômica.

A Operação Break the Wave começou em fevereiro de 2022 com o assassinato de três palestinos na cidade de Nablus (Adham Mabrouka, Ashraf Mubaslat e Mohammad Dakhil) e continuou violentamente ao longo da Cisjordânia, espalhando-se pela brutalizada Gaza. Em 26 de janeiro de 2023, as forças israelenses mataram dez palestinos – incluindo uma mulher idosa – em Jenin e em al-Ram, ao norte de Jerusalém, e depois atiraram contra uma ambulância para impedi-la de socorrer os feridos

Sexto mandato

Nos últimos dias do ano passado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tomou posse, em Jerusalém, para exercer o seu sexto mandato.

A coalizão que compôs a candidatura de Netanyahu foi formada por políticos de direita ultranacionalista, que possuem a maioria absoluta do Knesset com 64 das 120 cadeiras.

Netanyahu voltou ao poder após dois anos na oposição e torna-se o político mais longevo no cargo de premiê nos 75 anos de Israel.

Na sua última gestão, permaneceu 12 anos à frente do governo, entre 2009 a 2021 e deixou a situação após uma crise política generalizada. O político de 73 anos ainda enfrenta acusações de corrupção nos tribunais. Netanyahu é acusado de subornar a imprensa para receber cobertura favorável e de receber presentes de luxo de empresários do setor das telecomunicações para favorecê-los em licitações e projetos de lei.

Logo no dia em que houve a posse Netanyahu, movimentos populares organizaram um protesto em frente ao Knesset para expressar seu rechaço a Benjamin Netanyahu.

“O governo da vergonha”, gritaram manifestantes durante a cerimônia de posse da nova coalizão.

Edição: Lucas Weber

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