Grupo Petrópolis: Alta taxa de juros do BC contribuiu para pedido de recuperação judicial

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Nesta segunda-feira, 28, a cervejaria Petrópolis, proprietária das marcas Itaipava, Crystal e Petra, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. O pedido revela que a empresa tem dívidas que chegam R$ 4,2 bilhões, sendo 48% com os bancos e 52% com fornecedores.

No pedido enviado a Justiça, o grupo Petrópolis revela que sua saúde financeira foi comprometida pela alta taxa de juros praticada pelo Banco Central, atualmente em 13,75% ao ano. Com isso, o impacto foi de R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa da empresa.

O grupo também alega que a crise de liquidez já se arrasta por 18 meses, decorrente da redução de receita. Em 2022, a empresa faturou 24,1 milhões com a venda de suas bebidas, uma queda de 23% na comparação com o faturamento de 2020.

“Nesse período, houve drástica redução em sua receita, fruto da queda no volume das vendas: dos 31,2 milhões de hectolitros de bebida vendidos no ano de 2020, nos anos de 2021 e 2022 o volume caiu para 26,4 e 24,1 milhões de hectolitros, respectivamente”, detalha a petição.

Isso também representou uma queda de 17% na receita bruta do período. Por outro lado, os custos do setor subiram, mas que não foram repassados ao consumidor.

“A combinação desses fatores, exógenos e alheios ao controle das requerentes, gerou uma crise de liquidez sem precedentes no Grupo Petrópolis, que comprometeu seu fluxo de caixa a ponto de obrigá-lo a buscar a proteção legal com o ajuizamento deste pedido de recuperação judicial”, diz o grupo.

Gabriel Barbosa: Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb
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