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Bancada ruralista quer ser maioria na CPI do MST

A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) tem o objetivo de ocupar maior porcentagem das vagas disponíveis no colegiado da CPI do MST. As 27 cadeiras ainda não foram definidas, mas a FPA negocia com os líderes de partidos para que nomes que compõem a bancada ruralista sejam indicados. De acordo com O Globo, a organização já […]

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Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) tem o objetivo de ocupar maior porcentagem das vagas disponíveis no colegiado da CPI do MST.

As 27 cadeiras ainda não foram definidas, mas a FPA negocia com os líderes de partidos para que nomes que compõem a bancada ruralista sejam indicados. De acordo com O Globo, a organização já garante o comando do colegiado. Coronel Zucco (Republicanos-RS) é um dos nomes para a presidência.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a CPI do MST no mês passado, em abril. A possibilidade do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) retornar como relator da comissão é uma preocupação para o governo Lula.

O acordo para a indicação das duas figuras passou pelo presidente da Casa e os líderes dos seus respectivos partidos. Ao mesmo tempo em que a FPA busca angariar os parlamentares da bancada ruralista, o MST tem se articulado para impedir o funcionamento da comissão, que teme uma narrativa de criminalização do movimento.

As ocupações realizadas durante o abril vermelho foram eventos de descontentamento no Palácio do Planalto e têm gerado mobilização negativa ao Lula. Para o aliado histórico do PT, se a comissão for instalada por Salles na relatoria e o tenente-coronel Zucco na presidência, significa que o governo federal lavou as mãos. Com a CPI dos Ataques Golpistas, os parlamentares responsáveis pela investigação das ações do MST serão “o principal palco da oposição”.

Os sem-terra vão recorrer à Justiça com o pedido de cancelamento da CPI, alegando a falta de objetivo específico. A bancada ruralista, no entanto, já apresentou aos partidos os nomes que querem ver na comissão.  A projeção é a garantia da participação de, pelo menos, 11 membros no colegiado até o fim desta semana.

Os pedidos de indicação estão assim:

PP- vice-presidente da FPA, Evair de Melo (ES);

União Brasil – Kim Kataguiri (SP);

MDB – ex-presidente da bancada ruralista, Alceu Moreira (RS);

PL – ex-ministro Ricardo Salles (SP), Rodolfo Nogueira (MS), Zé Trovão (SC).

O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda conta com outras duas vagas restantes a serem disputadas.

A FPA prevê colocar à disposição toda a equipe de advogados, técnicos legislativos e assessores do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) para auxiliar os parlamentares.

O Globo questionou ao líder da bancada do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR) a respeito de Zucco e Salles assumirem os respectivos postos na comissão. Ele disse somente que “não seria o ideal”. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, alegou “não ver problemas” sobre a resistência do governo e parlamentares de Lula aos nomes citados.

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