Google, Meta e Twitter optam por não comparecer à audiência pública da Câmara dos Deputados sobre o PL da Fake News

As big techs foram convocadas que prestar esclarecimentos em audiência pública na Câmara sobre a campanha de desinformação contra o Projeto de Lei 2630/2020, o PL das Fake News.

A proposta está em discussão na Câmara e impõe regras para que tais empresas limitem a circulação de conteúdos falsos nas redes sociais, bem como mensagens de incentivo à intolerância, ao suicídio, a ataques nas escolas, entre outras práticas consideradas socialmente nefastas.

Após as empresas de tecnologia agirem de forma direta para impedir o PL, com anúncios e mensagens aos seus usarios colocando o projeto legislativo como uma forma de censura, no entanto, não participaram do debate público sobre a questão.

Print retirado de pagina do Google

Pesquisadores do Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais (NetLab), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que as plataformas Google e Meta estão usando todos os recursos possíveis para impedir a aprovação do projeto, que regulamenta as redes sociais no Brasil.

Além disso, o relátorio divulgado pelos pesquisadores apontam que o Google vem apresentando resultados de busca enviesados para usuários que pesquisam por termos relacionados ao projeto de lei, dando mais alcance aos conteúdos críticos ao texto.

Outra Bigtech que não compareceu foi o Telegram que promoveu um disparo em massa de mensagens na última terça (9) afirmando que “a democracia está sob ataque no Brasil”. A plataforma disse ainda que o projeto “matará a internet moderna” se receber sinal verde dos parlamentares. No entanto, apagou mensagem após ordem do ministro Alexandre de Moraes

Segundo reportagem da Agência Pública o Google, por exemplo, investiu mais de R$ 470 mil em anúncios contra o PL para serem veiculados no Facebook e no Instagram entre 30 de abril e 6 de maio.

Ruann Lima: Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF
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