Deltan defende Bolsonaro e terroristas do 8 de janeiro

Imagem: Reprodução

O novo escândalo milionário do clã Bolsonaro

Por Clara Machado

19 de maio de 2023 : 12h45

Foram identificados pagamentos feitos pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro de ao menos R$ 2,4 milhões a aliados dos líderes do PL, partido de Jair Bolsonaro, na Câmara e no Senado, e a um dos principais assessores de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio. As contratações em projetos de pesquisa com folhas de pagamento secretas começaram, em sua maioria, em datas próximas às da campanha eleitoral de 2022.

De acordo com uma reportagem do UOL, foram encontrados nas folhas de pagamento da universidade ao menos 20 aliados de Altineu Côrtes, líder do PL na Câmara. Entre eles, estão um vereador vendedor de churrasquinho, que recebeu R$94,3 mil brutos entre janeiro e outubro de 2022, que fez campanha para Côrtes. O tesoureiro de campanha dele, Laércio Tavares de Andrade, ganhou R$ 192 mil da universidade entre agosto de 2021 e dezembro de 2022.

Côrtes foi o quinto deputado mais votado do RJ em 2022 (167.512 votos) e tem estado na defesa de Bolsonaro frente às recentes investigações.

Além de aliados de Altineu, a mãe de Carlos Portinho, líder do PL no Senado, e Jeremias de Jesus Santos, assessor de seu gabinete e líder da juventude do partido, foram empregados pela universidade. Cerca de R$200 mil somados foram pagos aos aliados de Portinho.

Rogério Cupti de Medeiros Júnior, assessor do vereador Carlos Bolsonaro desde 2021, e uma tia dele também marcaram presença nas planilhas de pagamento secretas da Uerj.

Rogério Cupti recebeu da Uerj R$ 87,4 mil brutos entre julho e novembro de 2022, recebendo cerca de R$13 mil mensais, de um projeto de educação profissional. A tia dele Márcia Toffano Mattos recebeu R$ 91 mil nos mesmos períodos e programa.

No total, a universidade chegou a gastar, entre janeiro de 2021 e agosto de 2022, mais de R$ 350 milhões em projetos com folhas de pagamento sem transparência. Há investigações em andamento do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público do Rio e da Procuradoria Regional Eleitoral, deflagradas após as reportagens.

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