CPI do MST: apoiadores de Bolsonaro recusam-se a fazer minuto de silêncio pelas vítimas do campo

Foto: Bruno Spada

Deputados governistas voltaram a confrontar membros da oposição hoje, durante a reunião da CPI do MST. A parlamentar Talíria Petrone (PSOL-RJ) solicitou permissão para realizar um minuto de silêncio em memória dos dez trabalhadores rurais mortos no evento conhecido como o Massacre de Pau D’Arco, ocorrido em 2017. Embora o presidente da CPI, Coronel Zucco, tenha autorizado, o deputado Éder Mauro (PL-BA) se recusou a permanecer em silêncio, referindo-se às vítimas como “criminosos do campo”.


Talíria apelou para que Éder Mauro mantivesse o silêncio, mas o parlamentar levantou-se de sua cadeira e declarou que não ficaria em silêncio em respeito àqueles que ele definiu como “bandidos do campo”. Isso resultou em um confronto entre os dois. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) começou a ler os nomes das vítimas, esperando que os governistas respondessem com um “presente”, como uma forma de honrar suas memórias. A partir desse momento, Mauro começou a gritar “criminosos” em resposta aos nomes mencionados.


O líder da CPI solicitou que a homenagem ocorresse durante o tempo destinado às falas dos governistas, negando assim o pedido de um acordo. Durante o confronto, o relator Ricardo Salles permaneceu em silêncio, enquanto tomava café.

Ruann Lima: Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF
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