Roberto Jefferson fará exames após sofrer acidente na cadeia

Roberto Jefferson - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-deputado Roberto Jefferson sofreu um desmaio e teria batido a cabeça na última sexta feira, no complexo de Gericinó em Bangu, onde está preso. O ex-parlamentar passará por um exame do crânio “em caráter de urgência” além de avaliação neurocirúrgica. A secretaria de estado de administração penitenciária (Seap-RJ) emitiu laudo médico informando que Jefferson teria um possível traumatismo craniano, quadro de depressão e teria perdido 16,5kg em sete meses.

Na última terça, Jefferson já tinha sido encaminhado ao hospital penitenciário “em decorrência de queda importante do estado geral”, além disso, foi atendido no mesmo dia no Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros, que também fica no Complexo de Gericinó.

O laudo da Seap informa que o presídio “não dispõe dos meios para ofertar ao paciente o adequado cumprimento das medidas”. Enquanto isso, a defesa do ex-deputado já havia pedido sua transferência para o Hospital Samaritano em Botafogo, na Zona Sul do Rio, para realizar exames e para acompanhamento médico, alegando “risco de vida” e “gravíssimo estado de saúde”.

Prisão

Roberto Jefferson está preso em Bangu desde outubro de 2022 por ter arremessado três granadas contra policiais federais, além de ter disparado mais de 50 vezes contra os servidores. Ele já cumpria pena de prisão domiciliar entre janeiro e outubro do ano passado por incitação ao crime de dano ao patrimônio público, calúnia e homofobia, mas Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva por conta do ataque aos policiais. Dois meses depois, em dezembro, a Justiça Federal tornou Jefferson réu por tentativa de homicídio.

Pedidos de soltura

A defesa de Jefferson encaminhou em março, ao Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido pela revogação da prisão preventiva do ex-deputado, alegando problemas de saúde e que o ex-deputado tinha interesse em “doar todas as suas armas de fogo e munições”, tanto as que foram apreendidas pela PF, no dia que alvejou policias federais, tanto as outras armas registradas em seu nome.

No entanto, em maio, o STF votou em unanimidade pela manutenção de sua prisão preventiva. O entendimento da corte foi de que a prisão “é necessária para a garantia da ordem pública, dado o risco real e efetivo à sociedade caso o Jefferson for posto em liberdade, e para aplicação da lei penal”. Roberto Jefferson é réu em “ação penal por incitação à prática de crime e por tentar impedir ou restringir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício dos Poderes da União e dos estados, além de calúnia e homofobia”.

Patrick Chaia:
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