Deputados entregam petição para investigação de Campos Neto

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - Foto Lula Marques/ Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, foi alvo de uma petição nesta quarta-feira (5) no Senado Federal. A manutenção da Taxa Selic, taxa de juros base da economia, em 13,75% rendeu um documento assinado por líderes de diversos partidos governistas entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que pedia apuração sobre a política monetária do BC.

Segundo o documento, “a taxa de 13,75% inviabiliza a aquisição de imóveis para milhares de famílias, uma vez que os altos juros resultam em um aumento exorbitante de 23% nas parcelas do financiamento”. Além disso, reitera que “os indicadores de atividade de curto prazo já apontam queda da atividade econômica no início deste segundo trimestre. Nesse cenário, a recuperação da confiança do setor produtivo exige uma política monetária mais moderada”.

No pedido assinado por Gleisi Hoffmann, presidente do PT e deputada federal (PT-PR), Lindbergh Farias(PT-RJ), Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Guilherme Boulos (Psol-SP) e outros diversos parlamentares, há um pedido para que os senadores apurem o porquê da “demora” em baixar os juros.

O documento, ainda, questiona a manutenção da taxa, e a justifica acusando o BC de manter uma “conservadora política econômica que ignora as favoráveis quedas inflacionárias dos últimos meses”. Há, de acordo com os parlamentares, uma imposição de uma “desaceleração da economia e manutenção da retração da atividade empresarial, criação de empregos e qualidade de vida dos brasileiros, fatores que foram utilizados pelo COPOM para justificar a manutenção da taxa de juros”.

Segundo o Poder360, ao deixarem a reunião com o presidente do Senado, os parlamentares afirmaram que Pacheco irá submeter o pedido ao jurídico do Senado e que trabalha para que Campos Neto dê explicações, no plenário da Casa Alta, em 3 de agosto sobre seu trabalho. Segundo a lei complementar de autonomia do BC, o presidente do Banco precisa dar explicações duas vezes ao ano.

Ainda segundo o portal, Hoffmann ao deixar a reunião afirmou que “a política de juros está viciada, equivocada, e manter a taxa de juros em 13,75% é um erro”. A atitude da presidente do PT está vinculada à postura do governo que não concorda com a política de juros do BC.

Confira a petição na íntegra.

Patrick Chaia:
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