Vice-primeiraministra da Holanda deixa a política por conta de ameaças da extrema-direita

A ascensão da extrema-direita representa uma ameaça real à democracia e aos valores fundamentais que a sustentam. Os ataques misóginos, racistas e violentos direcionados a políticos, artistas e intelectuais de esquerda são apenas um exemplo dos perigos que essa ideologia representa.

O caso da vice-primeira-ministra holandesa, Sigrid Kaag, é emblemático. Ela decidiu deixar a política devido às ameaças de extremistas de direita que colocaram sua família em perigo. Esses ataques não são isolados, mas sim parte de um padrão crescente de violência e intolerância promovido por grupos de extrema-direita.

Além dos ataques pessoais, a extrema-direita também representa uma ameaça às instituições democráticas. Políticos populistas de direita como Ayuso, Trump e Abascal, e aqui no Brasil conhecemos bem o modus operandi do bolsonarismo; têm normalizado o discurso de ódio e promovido campanhas de assédio contra seus oponentes políticos. Isso cria um ambiente tóxico e polarizado, onde a liberdade de expressão e os direitos civis são colocados em risco.

Ao silenciar ou afastar-se diante dessas ameaças, corre-se o risco de fortalecer ainda mais o novo fascismo ultraliberal. Se os defensores da democracia e dos direitos humanos se retirarem da arena política, apenas a voz da extrema-direita será ouvida, e suas políticas autoritárias e discriminatórias prevalecerão.

Essas políticas têm consequências diretas para os mais vulneráveis da sociedade. Com a ascensão da extrema-direita, vemos um aumento da desigualdade social, da discriminação racial e da intolerância. Comunidades marginalizadas, como as crianças da Cañada Real Galiana, em Madrid, que vivem sem eletricidade há três anos, ou as famílias dos bairros populares que enfrentam cada vez mais precariedade na saúde e na educação, são as mais afetadas por essas políticas.

Portanto, é essencial resistir aos avanços da extrema-direita e defender os valores democráticos. Isso envolve denunciar o discurso de ódio, apoiar e proteger aqueles que são alvos dessas ameaças e promover uma sociedade inclusiva e igualitária. A democracia está em jogo e é responsabilidade de todos nós garantir que ela seja preservada.

Matheus Winck:
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