Crise no Equador: dirigente político ligado a ex-presidente é morto

Foto: Reprodução/Paola Cabezas

O dirigente partidário do Equador, Pedro Briones, foi assassinado a tiros no pescoço nesta segunda-feira (14), cinco dias após o atentado contra o candidato à presidência, Fernando Villavicencio.

As semanas que precedem as eleições presidenciais do Equador estão cada vez mais conturbadas: em casa, Briones foi atingido por tiros por dois homens em uma moto, informou o jornal local El Universo. 

O dirigente político era líder da Revolução Cidadã RC5 em Esmeraldas, cidade portuária do Equador. O partido que Briones atuava é a agremiação do ex-presidente do país, Rafael Correa.

O crime não havia sido divulgado pelos órgãos oficiais equatorianos até as 20h desta segunda e a notícia foi anunciada por uma candidata à deputada do mesmo partido, Paola Cabezas Castillo. “Outra perda. Uma bala assassina acabou com sua vida. Até quando! Solidariedade com sua família. Por você, querido amigo, nós vamos vencer”, declarou.

A presidenciável do Revolução Cidadã, Luiza Gonzalez, também expressou solidariedade à família de Pedro Briones. Ela lidera a corrida eleitoral do país, que vai às urnas neste domingo (20).

“Equador vive sua época mais sangrenta. Devemos isso ao abandono total de um governo inepto e a um Estado tomado pelas máfias”, escreveu Gonzalez.

As mortes consecutivas de políticos equatorianos não são ao acaso. A violência no país está em uma crescente onda, devido a conflitos de cartéis de drogas, principalmente nas cidades na rota do tráfico, conforme analisam os especialistas.

Além de Briones e Villavicencio, que foram assassinados com menos de uma semana entre as datas dos atentados, o prefeito da cidade de Manta, onde está localizado o segundo maior porto do país, também foi morto. As taxas de mortes violentas no Equador dispararam de 5,6 para 25 a cada 100 mil habitantes nos últimos 6 anos, entre 2017 e 2023.

O ataque contra Villavicencio causou choque em todo o Equador, inclusive o então presidente Guillermo Lasso declarou estado de exceção no país durante dois meses. As eleições, no entanto, foram mantidas para o próximo dia 20. Diante disso, os candidatos reforçaram suas campanhas políticas contra o crime e a violência nos territórios equatorianos.

Letícia Souza:
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