O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, comunicou à CNN nesta quinta-feira (17) que solicitou à Polícia Federal esclarecimentos referentes a possíveis encontros relatados pelo hacker Walter Delgatti com membros das forças armadas.
“Na Defesa não tem registro desses encontros. Então, eu pedi a Polícia Federal que forneça os nomes que ele diz ter encontrado para que possamos tomar as providências”, disse o ministro ao canal.
Durante sua declaração perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em 8 de janeiro, Walter afirmou ter fornecido orientações aos membros das forças armadas em relação ao relatório de segurança das urnas eletrônicas.
“Foi eu quem fiz ele. Tudo que consta dele foi orientado por mim”, disse. Ele já havia compartilhado essa versão com a PF anteriormente.
Governo Bolsonaro
Durante a reunião CPMI, Delgatti respondeu às perguntas feitas pelo deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) a respeito de sua comunicação com o Ministério da Defesa durante o mandato de Jair Bolsonaro.
Vieira: Quem te encaminhou ao Ministério da Defesa para elaborar questionamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o sistema de votação?
Delgatti: O então presidente Bolsonaro.
Vieira: Quem te disse que se o senhor cometesse um ilícito seria perdoado e receberia um indulto?
Delgatti: O então presidente Bolsonaro.
Defesa
Fábio Wajngarten, membro da equipe jurídica que defende o ex-presidente, afirmou que o hacker mentiu durante seu testemunho.
“NUNCA, JAMAIS, houve grampo, nem qualquer atividade ilegal, nem não republicana, contra qualquer ente político do Brasil por parte do entorno primário do Presidente. Mente e mente e mente”, escreveu Wajngarten nas redes sociais.