A Procuradoria-Geral da República (PGR) sugeriu que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ambos adversários políticos de longa data em Alagoas, participem de uma audiência de conciliação relacionada a duas ações penais iniciadas por Lira. Com informações do O GLOBO.
As queixas de Lira se referem a acusações de calúnia, difamação e injúria feitas por Renan em duas ocasiões: uma em um evento público, onde Renan disse que Lira “privatizou” a prefeitura de Maceió, e outra em uma rede social, acusando Lira de desvio de dinheiro público e violência doméstica. Renan defende que suas declarações são protegidas pela imunidade parlamentar.
A vice-procuradora-geral da República, Ana Borges Santos, concordou com o pedido de Lira para remover a postagem da rede social, julgando-a como excessiva e focada na vida privada de Lira, já desmentida judicialmente. No entanto, Santos enfatizou a necessidade de uma audiência de conciliação antes de processar as queixas, conforme a lei. O ministro André Mendonça, relator dos casos, decidirá sobre este procedimento.
Conforme reportado pelo GLOBO, Lira e Renan já recorreram à Justiça várias vezes no último ano, incluindo as duas ações em questão no STF. O governo federal tentou mediar a situação, mas a disputa entre os dois persiste.
CPI
A situação se complicou com a proposta de criação da CPI da Braskem, onde Renan e Lira, ambos aliados de Lula mas pertencentes a alas políticas opostas em Alagoas, se posicionaram divergentemente. Renan, que defende a CPI, enfrenta a oposição de Lira, que busca impedir a formação do grupo de investigação, que poderia afetar o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), aliado de Lira.
Apesar dos esforços do governo e de senadores governistas para evitar a comissão, alegando potencial agravamento da crise, Renan conseguiu apoio suficiente para a possível instalação da CPI nesta semana.
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