O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma notável expansão de sua presença e influência no mercado de crédito brasileiro.
Embora o balanço anual ainda não tenha sido oficialmente divulgado, o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, revelou que o volume de aprovações de novos financiamentos registrou um impressionante aumento de 94% nos primeiros onze meses do ano.
Além disso, os desembolsos destinados à infraestrutura também demonstraram uma tendência de crescimento, consolidando o papel do BNDES no apoio a projetos estratégicos para o país.
De acordo com informações veiculadas pela Folha de S. Paulo, “os dados mais recentes indicam um crescimento de 29% nos desembolsos do BNDES entre janeiro e setembro, totalizando R$ 75,4 bilhões. Esse valor representa o montante mais expressivo desde os R$ 70 bilhões registrados nos primeiros nove meses de 2017, quando ajustados pela inflação. Os recursos destinados à indústria aumentaram em 34% ao longo de 2023, alcançando a marca de R$ 16,7 bilhões, o valor mais alto desde 2016. No setor de infraestrutura, o BNDES liberou R$ 28,2 bilhões, um aumento de 7%.”
Mercadante ressaltou ainda que o banco está prestes a estabelecer um recorde em desembolsos para infraestrutura, com uma projeção de R$ 23,9 bilhões para o ano de 2023, excluindo os projetos de energia que historicamente faziam parte das estatísticas de infraestrutura.
Especialistas observam que a atuação do BNDES no setor de infraestrutura abrange atualmente logística, transportes, saneamento e mobilidade, enquanto a área de Transição Energética e Clima supervisiona o setor de energia.
A reportagem também destaca que a maioria dos desembolsos do BNDES para a área de infraestrutura está sendo direcionada para setores concedidos à iniciativa privada, representando dois terços dos investimentos nos primeiros nove meses de 2023.
Energia, por sua vez, responde por menos de 30%.
As obras do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já estão impactando a busca por financiamento junto ao banco, embora parte desse aumento da demanda esteja relacionada a leilões realizados durante o governo anterior.
Segundo o periódico, “Mercadante conta com o apoio de Lula para garantir o acesso aos recursos necessários. O Ministério da Fazenda já concordou em reduzir os dividendos sobre o lucro do banco ao mínimo legal de 25%, assegurando que parte dos ganhos seja reinvestida na forma de financiamento.”
O BNDES tem a expectativa de concluir o ano com desembolsos correspondentes a 1,1% do PIB, o que representa um aumento de 1% em relação às estimativas de 2020.
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