Em uma ação ocorrida à meia-noite durante a celebração do Ano Novo em Israel, o grupo palestino Hamas disparou um total de 27 foguetes contra o sul e centro do país, de acordo com informações do The Times of Israel. Os sistemas de defesa aérea israelenses conseguiram interceptar 18 desses projéteis, enquanto os outros nove atingiram áreas desabitadas.
O ataque provocou explosões audíveis na cidade de Tel Aviv, onde multidões estavam reunidas para comemorar a chegada do novo ano. As Brigadas Qassam, braço armado do Hamas, reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, divulgando um vídeo nas redes sociais no qual afirmaram ter utilizado foguetes M90 em resposta ao que chamaram de “massacres de civis” cometidos por Israel.
Este último episódio de violência ocorre após um incidente em que Israel lançou uma enorme bomba no campo de refugiados Maghazi, em Gaza, no período que antecedeu o Natal, resultando na morte de 68 palestinos.
Poucos dias depois, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, usou sua autoridade de emergência para autorizar o envio de 104 milhões de dólares em projéteis de artilharia adicionais de 155 mm para Israel, gerando críticas e preocupações internacionais.
De acordo com o Ministério da Saúde palestino, pelo menos 48 palestinos perderam a vida em ataques israelenses na Cidade de Gaza durante o fim de semana, com muitos ainda soterrados sob os escombros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre o risco iminente de fome e doenças infecciosas em Gaza, onde o sistema hospitalar está à beira do colapso devido à escassez de combustível e aos contínuos bombardeios israelenses.
António Guterres, o chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), condenou o “sofrimento humano épico” e a aplicação de uma “punição coletiva” aos civis palestinos, enfatizando que 85% da população local foi deslocada devido aos recentes conflitos.
Os moradores de Gaza expressaram seu desespero diante da situação atual, com Bassam Hana, de 29 anos, compartilhando seu desejo de que as condições melhorem em 2024, permitindo que vivam com dignidade, em contraste com as dificuldades extremas que enfrentam atualmente.
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