Turquia detém dezenas de supostos agentes do Mossad

Estas detenções seguem-se a uma série de recentes operações antiterroristas conduzidas pela Turquia

Publicado em 02/01/2024

The Cradle — As autoridades turcas prenderam mais de 30 pessoas suspeitas de terem ligações com o serviço de inteligência israelense Mossad, disse o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, em 2 de janeiro.

Yerlikaya disse na terça-feira nas redes sociais que “33 pessoas suspeitas foram capturadas na Operação ‘MOLE’, que foi realizada simultaneamente em 8 províncias centradas em Istambul, para a Detecção e Decifração de Atividades de Espionagem Internacional”.

O ministro do Interior mencionou que a polícia invadiu 57 locais em oito províncias como parte da Operação “MOLE”, lançada pelo Gabinete Antiterrorista de Istambul e pela Organização Nacional Turca de Inteligência (MIT).

“Nunca permitiremos atividades de espionagem contra a unidade nacional e a solidariedade do nosso país”, disse Yerlinkaya, acrescentando que as autoridades confiscaram 43.830 euros, 23.680 dólares, várias quantias de dinheiro de diferentes países, uma arma sem licença e um grande número de cartuchos.

Acredita-se que os suspeitos detidos procuravam identificar, monitorar, agredir e raptar cidadãos estrangeiros que viviam na Turquia.

“A nossa luta contra as organizações do crime organizado e os espiões que perturbam a paz das nossas famílias continuará com determinação”, disse o ministro do Interior.

Esta série de detenções surge como uma continuação da iniciativa antiterrorista da Turquia. Em 29 de dezembro, as autoridades turcas detiveram dezenas de supostos membros do ISIS que planeavam ataques contra sinagogas, igrejas e a embaixada iraquiana na Turquia.

A operação anti-ISIS ocorreu em nove cidades diferentes, levando à prisão de 32 suspeitos e ao confisco de vários materiais digitais pertencentes ao grupo.

No mesmo dia da operação anti-ISIS, as forças turcas conduziram ataques aéreos contra militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte do Iraque e na Síria, ao longo das fronteiras do país.

O Ministério da Defesa turco disse sobre o ataque contra militantes curdos que 10 membros do PKK, oito na Síria e dois no Iraque, foram “neutralizados”, acrescentando que “nenhum lugar é seguro para os terroristas!”