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Arquidiocese de SP sai em defesa de Padre Júlio Lancellotti em meio a perseguição da extrema-direita

A Arquidiocese de São Paulo divulgou uma nota oficial manifestando surpresa e preocupação com as recentes notícias sobre a possível instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo. A CPI, que está em fase de articulação, tem como objetivo investigar ONGs atuantes na Cracolândia e coloca em xeque a […]

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DIVULGAÇÃO/SINPSI

A Arquidiocese de São Paulo divulgou uma nota oficial manifestando surpresa e preocupação com as recentes notícias sobre a possível instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo.

A CPI, que está em fase de articulação, tem como objetivo investigar ONGs atuantes na Cracolândia e coloca em xeque a atuação do Padre Júlio Lancellotti.

Conforme a nota, divulgada na última quarta-feira, a Arquidiocese defende o trabalho de Lancellotti, destacando seu papel crucial na coordenação de serviços pastorais voltados ao apoio de pessoas em situação de rua.

A instituição enfatiza a importância do sacerdote na articulação e animação desses serviços, reafirmando seu apoio às “obras de misericórdia” realizadas por ele.

A CPI, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União), foca em investigar as práticas das ONGs na região central de São Paulo, especialmente na Cracolândia.

Nunes acusa essas organizações de criar uma “máfia da miséria”, alegando que elas se aproveitam dos dependentes químicos através de fundos públicos.

O padre Lancellotti, conhecido por seu trabalho na Paróquia São Miguel Arcanjo, figura como um dos principais alvos da investigação.

Em defesa, Padre Júlio Lancellotti argumentou que a instauração de uma CPI para averiguar o uso de recursos públicos é uma ação legítima.

Ele ressalta que sua atuação não se vincula a nenhuma organização conveniada com a Prefeitura de São Paulo, mas está ligada à Ação Pastoral da Arquidiocese.

A Craco Resiste, um dos grupos mencionados pelo vereador Nunes, declarou não ser uma ONG, mas um projeto de militância cultural na Cracolândia, focado na redução de danos. A entidade criticou a abordagem de Nunes, acusando-o de tentar lucrar politicamente com a situação.

A Arquidiocese de São Paulo reitera seu apoio ao Padre Lancellotti e às atividades pastorais voltadas ao cuidado das pessoas em situação de rua, enfatizando a importância dessas ações para a sociedade.

A nota integral da Arquidiocese ressalta a perplexidade diante das ações propostas pela CPI e o compromisso contínuo com as obras de misericórdia.

Leia a íntegra da nota!

“Acompanhamos com perplexidade as recentes notícias veiculadas pela imprensa sobre a possível abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que coloca em dúvida a conduta do Padre Júlio Lancellotti no serviço pastoral à população em situação de rua.

Na qualidade de Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua, Padre Júlio exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade.

Reiteramos a importância de que, em nome da Igreja, continuem a ser realizadas as obras de misericórdia junto aos mais pobres e sofredores da sociedade.”

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Comentários

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Paulo

04/01/2024 - 10h22

A Igreja Católica é a maior provedora de caridade existente no mundo e isso faz parte de sua missão. Agora, que pode haver exploração da miséria, por terceiros, pode sim e não seria novidade. O padre JL se excedeu, recentemente, em encontro com Lula e outras autoridades em Brasília, quando cerrou os dedos e se jactou de “ter voltado ao Planalto” ou ajudado o PT a voltar, o que, convenhamos, não é tarefa de um clérigo da Santa Igreja, assumir posição política, e, pior, partidária. Além disso, ele frequentemente se excede na defesa da pauta gay. Mas no que toca a essa CPI creio que também seria utilizada politicamente, e, ademais, se padre JL nada recebe de dinheiro público, não tem como e não poderá ser investigado…


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