Braga Netto ordenou os ataques massivos nas redes contra militares antigolpe

Zanone Fraissat/Folhapress

Interceptações realizadas pela Polícia Federal (PF) trouxeram à tona a participação do general Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, em uma estratégia de ataques dirigidos a generais considerados legalistas do Alto Comando do Exército.

As informações, divulgadas por uma reportagem da CNN, apontam o general Tomás Paiva, comandante atual do Exército, como um dos principais alvos.

Documentos da PF detalham uma troca de mensagens datada de 17 de dezembro de 2022, na qual Braga Netto e o major reformado Ailton Gomes criticam membros do Alto Comando em um contexto que envolve um encontro entre Tomás Paiva e o ex-comandante do Exército, general Villas Bôas. Braga Netto teria incentivado a propagação das críticas, afirmando: “É verdade. Pode viralizar”.

Outra conversa interceptada expõe Braga Netto atribuindo ao então comandante do Exército, general Freire Gomes, a responsabilidade por eventos correntes e futuros, com Ailton Gomes sugerindo uma escalada na pressão contra Freire Gomes. Braga Netto concordou, recomendando “oferecer a cabeça dele aos leões”.

Adicionalmente, uma mensagem de Braga Netto direciona ataques contra o general Batista Júnior, rotulando-o como “Traidor da Pátria” e instruindo que se torne a vida do general e de sua família um inferno. Até o momento, Braga Netto não emitiu comentários sobre as interceptações.

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