A patota do general, segundo Braga Netto

O ministro da Casa Civil, Braga Netto, e o presidente Jair Bolsonaro durante solenidade alusiva aos 54 anos da Embratur e do lançamento do selo comemorativo Embratur 54 anos, no Palácio do Planalto.

A operação Tempus Veritatis segue revelando e levantando muitas perguntas, uma delas é uma mensagem enviada pela General Braga Netto e que fala sobre o atual comandante do exército, o general Tomás Paiva e uma discussão que teria tido com o general Villas Bôas (seu ex-chefe) e sua esposa.

A mensagem não foi revelada de maneira integral mas termina acusando – segundo as palavras de uma pessoa conhecida como “Sodré” – o general de fazer parte da “patota” de alguém. Segundo fontes consultadas pela coluna a tal patota seria a do general da reserva Fernando Azevedo e Silva, ambos foram da infantaria paraquedista, grupo que hoje possuí muita força no Alto-Comando do Exército (ACE).

Azevedo e Silva foi chefe do estado maior do exército durante o período que Villas Bôas foi comandante do exército. o militar também foi assessor especial do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e assessor parlamentar do Alto-Comando do Exército, no Congresso.

Já o Sodré mencionado nas mensagens seria Luiz Adolfo Sodré de Castro, membro da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED), instrutor da Escola de Comando e Estado Maior do Exército e um dos fundadores do instituto Villas Bôas.

Atualmente Azevedo e Silva é vice-presidente do instituto brasileiro de mineração, organização que já teve diversas agendas com o governo Lula, sendo a mais recente em janeiro deste ano.

A mensagem porém não diz a relação desta tal patota com o fato de o atual comandante do exercito estar ciente de uma conspiração golpista na cúpula das forças armadas e mesmos assim não denunciar a trama para as autoridades competentes.

Azevedo e Silva renunciou ao seu posto como Ministro da Defesa no governo Bolsonaro um dia antes da renúncia coletiva dos comandantes das três forças na ocasião: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).

Nunca houve explicação oficial sobre essa movimentação mas nos bastidores só se falava em uma coisa: Bolsonaro queria mais controle da tropa.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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