O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro exigiu explicações da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) sobre as ações implementadas após a detecção de tolueno, substância potencialmente poluente, no manancial do Sistema Imunana-Laranjal.
A descoberta ocorre em um momento em que moradores dos municípios de Niterói e São Gonçalo enfrentam desabastecimento de água desde quinta-feira, conforme reportagem do Globo.
Responsável pelo fornecimento de água a mais de 2 milhões de habitantes nos municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá e na Ilha de Paquetá, o Sistema Imunana-Laranjal teve suas operações interrompidas após a alteração na qualidade da água bruta ser observada. A paralisação visa proteger a população contra possíveis riscos à saúde.
Uma força-tarefa, incluindo o Grupo Temático Temporário de Saneamento Básico, Desastres Socioambientais e Mudanças do Clima, foi montada para investigar as causas da contaminação, avaliar os riscos e determinar as responsabilidades dos órgãos competentes na gestão e monitoramento do manancial.
Além da Cedae, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foi solicitado a fornecer detalhes sobre as medidas de fiscalização e as investigações em andamento para identificar as origens da poluição e os responsáveis.
O Ministério Público, através da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Nova Friburgo, demanda que a Cedae apresente um relatório detalhado incluindo as causas da poluição, as ações de prevenção, mitigação e contingência adotadas, e uma estimativa para a normalização dos serviços.
Este incidente levanta preocupações significativas sobre a segurança da água fornecida à população, enquanto autoridades e a Cedae trabalham para resolver a situação e restabelecer o abastecimento de água de maneira segura.
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