A produção industrial brasileira registrou crescimento em março de 2024, conforme indica a Sondagem Industrial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O levantamento mostrou que, após um declínio em fevereiro, o indicador de evolução de produção alcançou 51 pontos, superando os 48,5 pontos do mês anterior.
O número de empregados no setor também apresentou aumento, com o índice atingindo 50,4 pontos, mantendo-se acima da média sazonal por 2 pontos.
Apesar dos avanços na produção e emprego, a pesquisa revelou uma queda na satisfação dos empresários com a situação financeira.
O indicador de satisfação financeira caiu de 51,1 pontos no último trimestre de 2023 para 49,4 pontos em março de 2024, refletindo uma mudança na percepção de lucro.
Outro ponto de atenção é o aumento de 2 pontos no índice de evolução do preço de matérias-primas, que chegou a 56,8 pontos, indicando um aumento nos custos.
A alta nos custos de matéria-prima impulsionou a reentrada deste fator entre os principais problemas enfrentados pelo setor, ocupando a terceira posição com 19,6% das indicações.
A pesquisa também aponta que a carga tributária elevada continua sendo o maior obstáculo para os empresários, seguida pela insuficiência da demanda interna.
Os estoques da indústria aumentaram de fevereiro para março, mas ainda estão abaixo do nível planejado, segundo o índice de estoque efetivo em relação ao esperado, que marcou 49,8 pontos.
As expectativas para o futuro da indústria parecem otimistas, com melhorias nos indicadores de quantidade exportada, compras de matérias-primas e demanda previstas para abril.
O indicador de intenção de investimento subiu 0,5 ponto em abril, atingindo 57,0 pontos, significativamente acima da média histórica.
A Sondagem Industrial da CNI, que entrevistou 1576 empresas em abril de 2024, continua a ser uma ferramenta essencial para medir o pulso da produção industrial no Brasil, abrangendo desempenho, finanças, problemas principais e perspectivas futuras do setor.
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