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Boas notícias da indústria de transformação fazem governo revisar para cima o crescimento do PIB deste ano

Para 2024, a projeção de crescimento do PIB passou a ser de 2,5%. A indústria deve avançar 2,4% em 2024. Entre os subsetores, a perspectiva para o ano se manteve. Espera-se uma aceleração no ritmo de crescimento da indústria de transformação e da construção civil, em função das melhores condições financeiras comparadas a 2023, das […]

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Foto: : Chung Sung-Jun / Getty Images

Para 2024, a projeção de crescimento do PIB passou a ser de 2,5%. A indústria deve avançar 2,4% em 2024. Entre os subsetores, a perspectiva para o ano se manteve. Espera-se uma aceleração no ritmo de crescimento da indústria de transformação e da construção civil, em função das melhores condições financeiras comparadas a 2023, das medidas de estímulo ao crédito e das políticas de incentivo ao investimento produtivo, como a depreciação acelerada, o PAC, o programa MCMV e as ações ligadas ao Plano de Transformação Ecológica. Por outro lado, a expectativa é de desaceleração para a indústria extrativa e a produção de energia e gás.

As vendas no varejo e os serviços prestados às famílias estão mostrando uma expansão robusta, sustentadas pela expansão da massa de rendimentos e da renda real disponível. O avanço nas concessões de crédito, explicado pelas menores taxas de juros, spreads e pela queda da inadimplência, também contribui para essa dinâmica. Indicadores apontam crescimento na construção civil e nas importações de bens de capital, sinalizando uma recuperação dos investimentos. Esses fatores, em conjunto, levaram a um aumento na estimativa de crescimento da absorção doméstica no ano. Para as estimativas de contribuição do setor externo, a dinâmica cambial recente também teve um impacto positivo.

Para o PIB do setor agropecuário, a queda esperada passou a ser de 1,4% em 2024, em comparação à expectativa de queda de 1,3% em março. Apesar da maior estimativa de crescimento para o PIB agropecuário no primeiro trimestre de 2024, devido à surpresa positiva nos dados de abate, a projeção para o ano foi levemente revisada para baixo como reflexo do prognóstico de abril, que reduziu a estimativa de colheita de soja, milho e trigo, sugerindo que eventos climáticos afetaram a produtividade dessas culturas de forma mais intensa do que inicialmente previsto.

A alta projetada para o setor de serviços foi revisada para cima, de 2,4% para 2,7%. A revisão reflete as perspectivas mais favoráveis para as vendas no varejo e para os mercados de trabalho e de crédito, que vêm apresentando desempenho robusto. A alta de 2,7% é superior à expansão observada para esse setor em 2023, devendo contribuir para esse resultado o maior ritmo de crescimento do comércio, de serviços imobiliários, de informação e comunicação e dos serviços prestados às famílias.

Para o PIB nominal de 2024, a projeção é de alta de 6,6%. Essa variação reflete um crescimento real de 2,5% e um deflator implícito de 4,0%. Em termos nominais, o PIB deve atingir R$ 11,6 trilhões. Para o PIB per capita, a previsão é de crescimento de 1,8% em 2024.

Essas estimativas ainda não consideram os impactos da calamidade no Rio Grande do Sul na atividade econômica. A magnitude desse impacto dependerá da ocorrência de novos eventos climáticos, dos efeitos desse impacto para estados próximos e da eficácia dos programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas. O PIB do Rio Grande do Sul, que representa aproximadamente 6,5% do PIB brasileiro, deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, parcialmente compensadas ao longo dos trimestres seguintes. Atividades ligadas à agropecuária e à indústria de transformação deverão ser as mais afetadas em nível nacional, por serem mais representativas no PIB do estado do que no PIB brasileiro.

Para os anos seguintes, a projeção de crescimento permanece próxima a 2,5%. Para sustentar esse ritmo de expansão, serão essenciais as medidas promovidas pelo governo. A reforma tributária deverá garantir ganhos de eficiência e produtividade para a economia brasileira, possibilitando a redução da taxa neutra de juros junto ao novo regime fiscal sustentável. Medidas microeconômicas estão melhorando o ambiente para a tomada de crédito bancário e no mercado de capitais, com destaque para as possibilidades de renegociação de dívidas trazidas pelos programas Desenrola e Acredita, para o novo marco de garantias e para as debêntures de infraestrutura. As melhores condições de crédito, juntamente com o Plano de Transformação Ecológica e as medidas de estímulo ao investimento, como o PAC, as linhas especiais para exportação e inovação, e o programa Eco Invest Brasil, devem levar ao aumento da taxa de investimento, com efeitos significativos para a economia.

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