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Tragédia: consumo de leite desaba 20% na Argentina

Os dados do leite na Argentina refletem um dos aspectos mais perversos da política econômica do novo presidente Javier Milei. O consumo de leite líquido no país acumulou no primeiro trimestre do ano uma queda de 19,6 por cento, enquanto o consumo de leites em pó caiu 30,4 por cento, ambos expressos em toneladas, comparados […]

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Fazenda leiteira na Argentina. Divulgação

Os dados do leite na Argentina refletem um dos aspectos mais perversos da política econômica do novo presidente Javier Milei. O consumo de leite líquido no país acumulou no primeiro trimestre do ano uma queda de 19,6 por cento, enquanto o consumo de leites em pó caiu 30,4 por cento, ambos expressos em toneladas, comparados com o mesmo trimestre de 2023. Os queijos, que representam aproximadamente 60 por cento do consumo de laticínios, tiveram uma queda de 10,4 por cento em toneladas, mas de 8,8 por cento em litros equivalentes.

A produção de leite na Argentina acumulou uma queda de 14 por cento interanual no primeiro trimestre de 2024, sendo a média mais baixa dos últimos cinco anos. Um relatório do Instituto para o Desenvolvimento Agroindustrial Argentino detalhou que a produção do primeiro trimestre deste ano foi de 2.224 milhões de litros contra os 2.582 milhões de litros de 2023.

Além disso, as vendas de laticínios mostraram uma queda no primeiro trimestre do ano de 18,7 por cento em toneladas de produto – comparado com o mesmo período de 2023 – e de 15,3 por cento em litros equivalentes.

No acumulado do primeiro trimestre, as exportações aumentaram 6,4 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando quase 100 mil toneladas em produtos e 6,3 por cento em litros equivalentes, apesar de um retrocesso em março. Os produtos que tiveram maior participação em volume nas exportações do trimestre foram o leite em pó, com um crescimento de 18,8 por cento, e os queijos, com 11,1 por cento.

As exportações do primeiro trimestre representaram 30,1 por cento do volume de leite produzido quando em 2023, com maior produção, a relação exportação-produção foi de 24,4 por cento, detalhou o Instituto que lidera o ex-ministro de Agroindústria Julián Domínguez.

Segundo o relatório, o setor produtivo primário é composto por cerca de 10.200 fazendas leiteiras, que geram aproximadamente 45.000 empregos diretos, e cerca de 680 indústrias processadoras de leite, com cerca de 35.000 empregos diretos; assim, a atividade se posiciona como a sexta cadeia agroindustrial em volume de trabalho gerado.

Dessas 680 indústrias, 46 por cento processam menos de 5.000 litros por dia, 45 por cento entre 5.001 e 250.000 litros por dia e apenas 3 por cento processam mais de 250.000 litros por dia. Destas, 44 por cento estão localizadas na província de Buenos Aires, 27 por cento em Córdoba, 15 por cento em Santa Fe, 10 por cento em Entre Ríos, 3 por cento em La Pampa e o restante em outras províncias.

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