Rússia descobre mina de diamante que pode abastecer a indústria global por três mil anos

Cientistas revelaram a existência da maior mina de diamantes do mundo, conhecida como jazida Popigai, localizada na fronteira entre a região de Krasnoyarsk e a República da Yakútia, na Rússia. A jazida contém uma quantidade estimada em trilhões de quilates, superando as reservas globais conhecidas.

A formação dessa mina colossal é atribuída à queda de um meteorito e foi descoberta na década de 1970, porém sem possibilidades de exploração na época.

Aleksandr Portnov, doutor em geologia de minas, explicou que a mina só veio a público décadas depois devido ao seu tamanho extraordinário e as implicações que isso poderia ter para a indústria.

A revelação foi mantida em segredo inicialmente, pois era incerto se os diamantes poderiam ser utilizados industrialmente.

Serguei Goryainov, comentarista da Agência de Informação e Análise Rough & Polished, apontou que há uma grande demanda por diamantes na indústria, porém a procura por diamantes naturais permanece baixa.

Isso se deve à dificuldade de garantir as características precisas das pedras naturais, tornando os diamantes sintéticos mais desejáveis para aplicações técnicas.

Apesar disso, empresas renomadas, incluindo a De Beers e diversas corporações japonesas, demonstram grande interesse na jazida Popigai devido às características únicas e excepcionais de seus diamantes, que são significativamente mais duros que os tipos comuns.

Nikolai Pokhilienko, diretor do Instituto de Geologia e Mineralogia da Sibéria, destacou que os diamantes de Popigai são os materiais mais resistentes encontrados na natureza e poderiam revolucionar a indústria de ferramentas e instrumentos de perfuração e transformação.

Ele também mencionou o potencial de aplicação desses diamantes em setores como a eletrônica e a ótica.

A jazida é capaz de suprir a demanda mundial por diamantes por aproximadamente três mil anos, segundo avaliações científicas.

Paralelamente, a mina Argyle na Austrália Ocidental, conhecida por suas cobiçadas gemas rosas e vermelhas, foi fechada após quase quatro décadas de operação.

A produção de Argyle era notória por representar cerca de 90% dos diamantes em tom rosa-magenta, que estão entre os mais valorizados do mercado.

O fechamento da mina é visto como um possível catalisador para um aumento nos preços dessas gemas especiais, conforme previsto por analistas do setor como RBC Capital Markets e Panmure Gordon.

A Sotheby’s alcançou um preço recorde de US$ 71 milhões pelo leilão do diamante “Estrela Rosa” de 59,6 quilates em abril de 2017, destacando o valor excepcional dessas pedras raras.

O encerramento das operações em Argyle pode ter um impacto significativo na disponibilidade e no preço desses diamantes exclusivos no futuro.

Com informações do Click Petróleo e Gás

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