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Governador do PT deslegitima greve dos professores e ataca salário dos docentes

Durante entrevista ao Diário do Nordeste, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, manifestou opinião controversa sobre a greve dos professores das universidades estaduais, que já dura dois meses. Freitas declarou que a média salarial dos docentes universitários é de R$ 14 mil, contrastando com a realidade econômica da maioria dos cearenses, cuja renda não […]

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Durante entrevista ao Diário do Nordeste, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, manifestou opinião controversa sobre a greve dos professores das universidades estaduais, que já dura dois meses.

Freitas declarou que a média salarial dos docentes universitários é de R$ 14 mil, contrastando com a realidade econômica da maioria dos cearenses, cuja renda não ultrapassa dois salários mínimos.

“Não é justo esse professor de R$ 14 mil não dar aula para um aluno que a família dele ganhou R$ 1.400, R$ 1.500, R$ 2.000”, disse o governador.

A greve afeta a Universidade Estadual do Ceará (Uece), a Universidade Regional do Cariri (Urca) e a Universidade do Vale do Acaraú (UVA), com reivindicações que incluem melhorias salariais e estruturais.

Vale destacar que segundo a categoria, desde a gestão Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação, que as universidades estaduais estão “sucateadas”.

O governador argumentou que propôs um reajuste de 5,6%, acima da inflação, e facilitou a ascensão funcional dos professores, sendo a Urca a única instituição que aceitou a oferta.

A Seção Sindical do ANDES-SN na Uece, Sinduece, expressou repúdio às declarações do governador, alegando que este tenta desmoralizar a greve e destacando a falta de diálogo efetivo com o governo.

“Elmano negociou uma única vez, porém sem retirar a criminalização do movimento, colocando os Sindicatos em uma posição desigual”, afirmou a Sinduece em nota, enfatizando que a proposta não atendeu as principais demandas da categoria.

As atividades de greve continuam, com eventos programados em Fortaleza e nos campi do interior. A próxima mesa de negociação está agendada para a semana seguinte, com esperanças de avanço nas discussões.

Enquanto isso, os sindicatos mantêm a pressão por negociações mais justas e aguardam uma reunião com o governo para apresentar uma contraproposta unificada.

A justiça do Ceará revogou recentemente uma ação judicial que buscava criminalizar o movimento, mas os sindicatos seguem mobilizados, insistindo no diálogo e na busca por soluções equitativas.

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Nelson

06/06/2024 - 22h01

Atendendo apenas aos interesses do grande capital, “governador” do Piauí privatizou a água e o saneamento e está a entregar a privatizar também a educação, entregando-a para lucros privados, conforme os anseios do Sr. Lemann.

Enquanto isso, o do Ceará deixa os professores dois meses em greve. Estaria também tencionando encaminhar a privatização da educação nesse Estado?

Um governo do PT privatização a educação é um absurdo, uma aberração indizível, quando se sabe que o partido contou, em suas hostes, com o grande Paulo Freire. Freire que foi um dos maiores expoentes em educação não só do nosso Brasil como do planeta inteiro.

Como partido que se diz dos trabalhadores e defensor das demandas populares, o PT deveria determinar que todos os seus eleitos devem se abster de enveredarem pelo caminho deletério e destruidor das privatizações.

Infelizmente, não é o que acontece. Assim, ao olharmos as administrações do PT pelo país afora, encontramos uma verdadeira bagunça, mostrando não haver coesão ideológica. Parte não desprezível dos eleitos vem impondo medidas que não guardam qualquer compromisso com as necessidades do povo.


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