Enquanto civis enfrentam o cerco, o exército israelense amplia ofensiva após fim do cessar-fogo, elevando mortes desde outubro para quase 51 mil
Nesta segunda-feira (14), o Exército de Israel anunciou uma nova onda de ataques na Faixa de Gaza, atingindo aproximadamente 35 alvos, incluindo uma fábrica de armas e locais de lançamento de foguetes. Enquanto isso, autoridades de saúde em Gaza relataram que os bombardeios já deixaram 1.613 palestinos mortos e 4.233 feridos nos últimos dias.
Segundo comunicado militar israelense, as operações visaram estruturas associadas ao Hamas, como uma instalação no sul de Gaza usada para disparar foguetes em direção a Israel.
No norte do território, tropas israelenses afirmaram ter neutralizado uma emboscada de militantes após troca de tiros, com apoio aéreo. O exército não divulgou detalhes sobre o número de vítimas no confronto.
Em Rafah, cidade no sul de Gaza onde Israel estabeleceu uma “zona de segurança”, as forças israelenses destruíram um túnel subterrâneo de 20 metros de profundidade e centenas de metros de extensão, descrito como um ponto de reunião de militantes do Hamas e parte de uma rede de passagens clandestinas. Além disso, outro esconderijo com armamentos, incluindo morteiros, granadas e explosivos, foi encontrado durante operações terrestres.
Desde o fim de um cessar-fogo em 18 de março, Israel retomou os ataques em Gaza e mantém um bloqueio à entrada de ajuda humanitária no território, em vigor desde o início do mês.
O conflito, que se intensificou em outubro de 2023, já resultou em mais de 50.983 mortes e 116.274 feridos, segundo dados atualizados pelas autoridades de saúde locais.
A situação humanitária em Gaza segue crítica, com organizações internacionais alertando para a escassez de alimentos, medicamentos e infraestrutura médica. Enquanto Israel justifica as operações como medidas de defesa contra o Hamas, a comunidade global pressiona por um novo acordo de trégua e acesso à assistência vital para a população civil.
Com informações de Agências de Notícias*