Ex-chanceler da Colômbia esteve na Casa Branca para estruturar golpe de estado contra Petro

Álvaro Levya em entrevista coletiva em Bogotá. (Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez)

Álvaro Leyva, ex-ministro das Relações Exteriores da Colômbia, foi há dois meses aos Estados Unidos falar com assessores e pessoas próximas de Donald Trump para propor um golpe que derrubasse Gustavo Petro, atual presidente de seu país. O jornal El País obteve gravações de áudio que comprovam essa visita, mas também, segundo suas fontes, afirma que a Casa Branca nunca cogitou essa proposta.

Leyva supostamente teria provas de que Petro é um drogadicto, e levaria essas acusações a público para causar sua renúncia. Seu plano também era de colocar Francia Márquez, a vice-presidente, no cargo, com ajuda de “atores armados e não-armados”, como a ELN, guerrilha marxista da Colômbia, e o Clã do Golfo, maior organização do narcotráfico do Caribe.

As gravações que o jornal obteve já estavam nas mãos do serviço secreto da Colômbia. Petro, quando descobriu a tentativa de golpe sendo arquitetada, fez um discurso acusando Leyva de golpista. O ex-chanceler logo viajou para Madri por “questões de segurança”.

Petro ainda pediu explicações para Francia Márquez, sua vice, por ser citada como candidata a assumir o país pós-golpe. Ele pediu que ela se retratasse publicamente, negando qualquer associação com o plano. Márquez se negou a fazê-lo, destruindo a já péssima relação entre os dois.

Lucas Allabi: Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab
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