O Governo do Brasil formou uma equipe técnica com membros de ministérios, da Aeronáutica, de agências e institutos federais e da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil para estudar a possibilidade de desenvolver seu próprio sistema de geolocalização por satélite.
O corpo de especialistas terá 180 dias para apresentar um relatório ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) com suas conclusões e sugestões de como prosseguir. A decisão veio após os Estados Unidos ameaçarem desligar o sistema GPS – controlado pelo país – do Brasil para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que investiga Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de estado.
Rodrigo Leonardi, diretor de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira (AEB), um dos 14 órgãos e entidades que vão compor o grupo, em entrevista à Agência Brasil, falou da importância da empreitada.
“No Brasil, historicamente, priorizamos o debate acerca de outros aspectos espaciais, como a necessidade de termos satélites para monitoramento territorial. Agora, vamos discutir se queremos ou não ter nosso próprio sistema de navegação; o investimento necessário para fazê-lo e, se for o caso, a necessidade nacional de ter um sistema global ou um sistema regional capaz de cobrir todo nosso território. Independentemente do caso, se o país concluir que deve fazer isso, o patamar de investimentos terá que ser muitas vezes maior que o atualmente investido no programa espacial brasileiro”