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Estadão cobra punição imediata a deputados que invadiram Mesa Diretora da Câmara

Em editorial publicado em 9 de agosto, O Estado de S. Paulo criticou a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de encaminhar à Corregedoria, e não diretamente ao Conselho de Ética, os casos dos 14 parlamentares envolvidos na invasão da Mesa Diretora. Para o jornal, a escolha representa “falta de autoridade” […]

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AGÊNCIA CÂMARA

Em editorial publicado em 9 de agosto, O Estado de S. Paulo criticou a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de encaminhar à Corregedoria, e não diretamente ao Conselho de Ética, os casos dos 14 parlamentares envolvidos na invasão da Mesa Diretora. Para o jornal, a escolha representa “falta de autoridade” e um “recuo político injustificável” diante da gravidade das imagens registradas.

O veículo defende que Motta deveria ter solicitado de imediato o afastamento dos deputados, dispensando etapas intermediárias. Como exemplo, o editorial cita episódios anteriores em que a Mesa aplicou punições sem parecer prévio da Corregedoria, como nos casos de André Janones (Avante-MG) e Gilvan da Federal (PL-ES), suspensos por três meses após proferirem insultos.

A publicação também questiona a condução da crise, relatando que o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), precisou negociar com os manifestantes para que deixassem a Mesa, o que, segundo o jornal, evidenciou fragilidade política. Aliados de Motta argumentaram que a manobra evitou que bolsonaristas se passassem por vítimas de violência policial, mas o Estadão considerou a justificativa “extraordinariamente benevolente”.

Entre os investigados estão Marcel van Hattem (Novo-RS) e 13 deputados do PL: Allan Garcês (MA), Bia Kicis (DF), Carlos Jordy (RJ), Caroline de Toni (SC), Domingos Sávio (MG), Júlia Zanatta (SC), Marco Feliciano (SP), Marcos Pollon (MS), Nikolas Ferreira (MG), Paulo Bilynskyj (SP), Sóstenes Cavalcante (RJ), Zé Trovão (SC) e Zucco (RS).

O grupo afirma que a invasão buscava pressionar pela votação de medidas favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar e prestes a ser julgado no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O editorial sugere, contudo, que o ato também pode ter servido para desviar atenções do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos ao Brasil — medida que, segundo o jornal, teve participação da família Bolsonaro em articulação com Donald Trump.

O PL apresentou ainda denúncia contra a deputada Camila Jara (PT-MS), acusando-a de empurrar Nikolas Ferreira durante a confusão. O Estadão afirma que tratar essa acusação com o mesmo peso das denúncias contra os 14 parlamentares que invadiram a Mesa agravaria a percepção de fraqueza de Motta.

Para o jornal, o presidente da Câmara deveria inspirar-se em Ulysses Guimarães, que dizia só decidir sob pressão, e aplicar punição exemplar. Sem medidas firmes, conclui o editorial, Motta corre o risco de transformar o cargo em “meramente decorativo” e perder de forma irreversível a autoridade sobre a Casa.

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