O governo brasileiro anda se saindo bem ao combater os efeitos do tarifaço de Donald Trump que entrou em vigor no dia 9 de agosto. Mesmo com perdas significativas nas exportações de certos setores e instabilidade econômica mundial, a moeda do Brasil foi a que mais se valorizou nos últimos 30 dias.
Apesar de ter se tornado o país mais tarifado do mundo pelos Estados Unidos, o Real do Brasil se valorizou 3,7% ante o dólar do dia 13 de julho até 13 de agosto. Um percentual acima dos 1,8%, 1,3% e 1,2% das moedas da África do Sul, Hungria e Chile que, respectivamente, seguem o Brasil neste ranking.
Segundo o Banco Central (BC), apenas essas moedas e as do Reino Unido (0,5%), México (0,8%), Polônia (0,1%), além do euro (0,1%) se valorizaram, sendo esses percentuais muito próximos do zero.
No mesmo período, por exemplo, a moeda da Argentina se desvalorizou 2%, mesmo com o acordo firmado por Milei com os EUA para tentar contornar o tarifaço. A aliança dos Brics tem segurado as pontas das economias do Sul Global muito mais do que eventuais acordos com Washington.