O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, se reúne nesta segunda-feira (18) em Washington com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um encontro considerado decisivo para o futuro da guerra no leste europeu. A informação foi publicada pelo The Washington Post, que aponta que o governo norte-americano está pronto para oferecer “sólidas garantias de segurança” a Kiev, em articulação com aliados europeus.
Contexto: encontro prévio com Putin
A reunião acontece poucos dias após a cúpula entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, realizada no Alasca. Segundo o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, os dois líderes chegaram a um consenso sobre um novo quadro de compromissos de segurança para a Ucrânia.
“O presidente Donald Trump e o presidente Vladimir Putin concordaram em sólidas garantias de segurança”, declarou Witkoff no domingo (17).
Essa sinalização de entendimento entre Washington e Moscou cria expectativas sobre os termos que serão levados ao diálogo com Kiev.
Reunião ampliada com líderes europeus
Além do encontro bilateral entre Trump e Zelensky, está prevista uma reunião com os chefes de governo do Reino Unido, França e Alemanha. Os líderes europeus desembarcam em Washington para somar apoio ao presidente ucraniano e reforçar a aliança ocidental frente às tensões com Moscou.
O encontro é visto como uma oportunidade de redefinir as bases da relação entre Washington, Kiev e o bloco europeu, em um momento em que a guerra ultrapassa dois anos e pressiona a diplomacia internacional por soluções que conciliem segurança, soberania e equilíbrio geopolítico.
Garantias em disputa
Os detalhes das garantias ainda não foram revelados. A expectativa é que o compromisso inclua maior assistência militar e reforço em mecanismos de defesa para a Ucrânia. Analistas avaliam que a estratégia norte-americana busca alinhar interesses com a Europa, ao mesmo tempo em que tenta administrar o diálogo direto com a Rússia.
A presença conjunta de Zelensky e líderes europeus em Washington dá peso político adicional às negociações. Para especialistas ouvidos pelo Washington Post, o desafio central será equilibrar as promessas feitas a Kiev sem ampliar as tensões com Moscou.
Possíveis desdobramentos
O encontro desta segunda-feira pode marcar um ponto de inflexão na condução da guerra no leste europeu. Caso os EUA e os aliados confirmem garantias concretas de segurança, Kiev poderá contar com nova base de apoio diplomático e militar.
Por outro lado, qualquer movimento considerado excessivo por Moscou pode reacender tensões e complicar a tentativa de diálogo estabelecida na reunião entre Trump e Putin.