Bolsonaristas não conseguem emplacar nomes de peso na CPMI do INSS

Presidente Davi Alcolumbre comunicou a instalação da CPMI na semana passada. Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado

Pedro Venceslau, no CNN Arena, fez uma análise da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), afirmando que a oposição sofreu uma derrota significativa ao não emplacar nomes bolsonaristas significantes em sua formação.

Para presidir a Comissão, o escolhido foi o senador Omar Aziz (PSD-AM), considerado um aliado do presidente Lula (PT). Para a relatoria, o designado foi o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO), que já votou em pautas do mesmo lado que bolsonaristas, mas é identificado como uma personalidade pouco radical.

A CPMI, composta por 30 parlamentares, igualmente divididos entre 15 senadores e 15 deputados, terá fortes nomes governistas, como Renan Calheiros (MDB-AL), que já teve atuação de peso na CPMI da Covid, e Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão que investigou os atos golpistas de 8 de janeiro.

Já a oposição bolsonarista decidiu escalar nomes conhecidos mais pelo radicalismo ideológico do que pela capacidade de investigação: Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro e um dos artífices de sua blindagem política; Damares Alves (Republicanos-DF), que se notabilizou por pautas moralistas e polêmicas; Tereza Cristina (PP-MS), fiel representante do agronegócio alinhado ao bolsonarismo; e Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do governo Bolsonaro. Para Venceslau, o grupo já deixou claro que pretende usar a CPMI como palanque político, tentando forçar uma narrativa de corrupção contra o governo atual.

Lucas Allabi: Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.