Três destróieres de mísseis guiados do sistema Aegis devem chegar à costa da Venezuela nas próximas 36 horas como parte de uma operação militar dos Estados Unidos para enfrentar cartéis de drogas latino-americanos classificados como organizações terroristas globais. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (18) por duas fontes a par da mobilização.
Navios e efetivo mobilizado
Segundo as fontes, os navios envolvidos são o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson. Ao todo, cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais estarão mobilizados na região sul do Caribe, de acordo com uma autoridade ouvida pela agência Reuters.
Essa autoridade, que falou sob condição de anonimato, disse ainda que o envio de recursos incluirá aviões de vigilância P-8 Poseidon, navios de guerra adicionais e pelo menos um submarino de ataque. O planejamento prevê operações prolongadas, que devem durar meses, em águas e espaço aéreo internacionais.
Missão e alcance das operações
O reforço naval terá como funções a coleta de inteligência, atividades de monitoramento e, eventualmente, servir como plataforma para ataques direcionados, caso haja decisão política nesse sentido.
As medidas integram a estratégia do presidente Donald Trump, que desde o início do governo tem tratado o combate aos cartéis de drogas como prioridade, conectando-o também à pauta de segurança de fronteiras e controle migratório.
Antecedentes da política de Trump
Nos últimos meses, Washington já havia enviado dois navios de guerra à região para auxiliar em operações de segurança fronteiriça e combate ao narcotráfico.
Em fevereiro, o governo americano designou oficialmente o Cartel de Sinaloa, no México, e o Tren de Aragua, organização criminosa com origem na Venezuela, como organizações terroristas globais. A medida ampliou a capacidade legal dos EUA de perseguir seus membros e bloquear recursos.
Inteligência e repressão transnacional
O Pentágono também vem intensificando a vigilância aérea sobre cartéis mexicanos, a fim de produzir relatórios de inteligência para orientar operações futuras. O objetivo é limitar rotas de tráfico que passam pelo Caribe e América Central, ao mesmo tempo em que pressiona governos da região.