O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (20) a realização de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Polícia Federal (PF), a operação foi cumprida no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Durante a ação, agentes apreenderam o telefone celular do pastor, que foi abordado ao desembarcar no terminal.
Além da apreensão, Moraes estabeleceu uma medida cautelar que proíbe Malafaia de deixar o país.
Contexto da decisão
A ordem judicial se insere em inquéritos que investigam a atuação de apoiadores de Bolsonaro em episódios relacionados a ataques às instituições democráticas. Moraes, relator de ações envolvendo os atos de 8 de janeiro e suspeitas de articulação de movimentos antidemocráticos, tem autorizado diligências contra políticos, empresários e líderes religiosos próximos ao ex-presidente.
Silas Malafaia, figura de destaque no meio evangélico, tem sido um dos defensores mais ativos de Bolsonaro, participando de atos públicos e usando suas redes sociais para críticas a integrantes do Judiciário.
Medidas cautelares
Na decisão, o ministro destacou o descumprimento de medidas anteriores por investigados do mesmo núcleo, justificando a necessidade da apreensão do celular para coleta de informações. Além disso, a restrição de saída do país foi determinada para evitar riscos de fuga ou prejuízo às investigações em andamento.
Próximos passos
Com a apreensão, a Polícia Federal deve realizar perícia no aparelho para verificar eventuais mensagens, registros de chamadas e comunicações que possam contribuir para o andamento do inquérito. O material será encaminhado ao STF.
O pastor ainda pode recorrer da decisão ou apresentar explicações no processo. Até o momento, ele não se pronunciou oficialmente sobre a operação.


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