O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (25) que a China precisa fornecer mais ímãs ao seu país ou ele terá de “cobrar uma tarifa de 200% ou algo parecido” aos produtos chineses.
Em abril desse ano, a China incluiu diversos minérios de terras raras, como os ímãs, na lista de restrições de exportação em retaliação ao aumento das tarifas pelos EUA. As matérias-primas provenientes dessas reservas são essenciais na produção de smartphones, carros elétricos e chips de última geração.
A fala de Trump vem em contramão das últimas medidas adotadas por ambos os países para amenizar a guerra tarifária. Em 11 de agosto, o Ministério do Comércio da China anunciou a prorrogação da suspensão de tarifas adicionais sobre produtos dos EUA por 90 dias. A medida foi adotada após Trump também assinar uma ordem executiva que estendeu a trégua tarifária com Pequim.
Devido ao acordo, as tarifas dos EUA sobre importações chinesas caíram de 145% para 30%, enquanto as taxas da China sobre produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.
Uma nova onda de aumentos nas tarifas pode agravar ainda mais a crise interna nos EUA, além de chacoalhar o já acuado mercado internacional. Diversos aliados de Trump veem criticando sistematicamente a política tarifária do presidente, e os impactos das medidas estão sendo sentidos nos preços para o consumidor médio estadunidense.