Lula assume isolado liderança do Índice Datrix dos Presidenciáveis

26.08.2025 – Reunião Ministerial. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Reunião Ministerial. Palácio do Planalto – Brasília (DF). Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou pela primeira vez a liderança do Índice Datrix dos Presidenciáveis (IDP) em agosto de 2025, segundo reportagem de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. Criada em janeiro deste ano, a métrica usa inteligência artificial para medir o desempenho digital de potenciais candidatos à Presidência da República. O índice avalia interações e menções em plataformas como X, Facebook, Instagram e YouTube.

O salto de Lula no ranking

Em agosto, Lula somou 24,39 pontos, um crescimento de 15% em relação a julho. Segundo o estudo, o avanço está ligado a:

aumento de menções positivas e equilibradas em páginas de influenciadores, veículos de imprensa e outros políticos;

alta de 55% no engajamento em suas próprias redes sociais;

consolidação de um “colchão reputacional”, que fortalece sua imagem e reduz o impacto de crises.


Esse movimento reforça o protagonismo digital de Lula em um momento marcado por tensões políticas e econômicas, especialmente após o “tarifaço” imposto pelo governo Donald Trump, que já havia impulsionado sua visibilidade no mês anterior.

Queda de Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que liderava o índice em julho, sofreu a maior retração:

caiu para o 7º lugar, com 11,88 pontos;

perdeu 53% em relação ao mês anterior;

teve uma redução de 55% no engajamento digital.


O recuo foi atribuído ao impacto negativo das investigações da Polícia Federal e a escândalos financeiros que afetaram sua imagem pública.

Tensões no campo da direita

O levantamento também evidenciou divisões dentro da oposição:

Romeu Zema (Novo-MG) foi o mais afetado, fechando agosto com IDP negativo (-1,90) após declarações xenófobas sobre o Nordeste.

Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) também passaram a ser alvos de ataques de setores mais radicais do bolsonarismo.


O resultado mostra que a direita está fragmentada e enfrenta dificuldades para consolidar nomes competitivos no ambiente digital, enquanto Lula ampliou sua presença e engajamento.

Redação:
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