A defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou nesta terça-feira, durante o julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, que a delação premiada concedida por ele foi valida.
Outra defesa desse núcleo, do próprio ex-presidente, afirmou que a delação de Cid foi marcada por “mentiras, omissões e contradições”, e que por isso não deveria ser considerada. A argumentação é um pretexto para a não condenação de Bolsonaro, já que a denúncia se baseia em muitos fatos relatados pelo tenente-coronel.
Os advogados Jair Alves Ferreira e Cezar Bittencourt se dividem na defesa de Cid. O primeiro iniciou a sua fala na sessão de hoje reforçando a validade da delação premiada. No entanto, ressaltou que era necessário voltar ao tema diante da insistência das demais defesas em questionar a colaboração.
“Nós não concordamos com o pedido de condenação do ministro [Paulo] Gonet. Mas nem por isso eu posso dizer que ele me coagiu, nem o ministro Alexandre de Moraes, nem o delegado”, afirmou Alves Ferreira.