Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, irá disputar as eleições de 2026 para algum cargo em São Paulo. O Partido dos Trabalhadores ainda discute se a melhor decisão seria lançá-lo como candidato a governador do estado ou para o Senado Federal.
Por um lado, o PT quer fortalecer a base de Lula na Casa, que tem o poder de derrubar ministros do Supremo Tribunal Federal. Por outro lado, é de extrema importância colocar um candidato com força política no palanque do executivo de São Paulo para aumentar a chance do presidente se reeleger. O ex-ministro José Dirceu acha, por exemplo, que foi o estado que garantiu a vitória do petista em 2022.
A disposição do partido em colocar Haddad na eleição de São Paulo se dá pelo crescimento do político na mídia. Recentemente, o ministro anda aparecendo cada vez mais em entrevistas ou programas televisivos para falar sobre o tarifaço, as medidas para fortalecer a economia brasileira e o combate à desigualdade endêmica do país.
A proposta criada por Haddad de cobrar mais imposto de renda dos milionários e de isentar salários de até 5 mil reais, por exemplo, fortaleceu a imagem de um político que se importa com a justiça social.
O próprio governo e o PT já vinham cultivando essa narrativa desde a batalha de Haddad com o Congresso sobre o IOF. A megaoperação da Polícia Federal contra PCC que estampou as manchetes dessa semana levou o ministro da Fazenda a repetir a ideia de que “a cobertura” e o “andar de cima” estavam caindo.