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Parada militar chinesa exibe demonstração de força nuclear em celebração dos 80 anos da vitória na segunda guerra mundial

Em 3 de setembro de 2025, a China realizou uma grande parada militar em Pequim para marcar os 80 anos da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial, data que o país celebra como seu “dia da vitória”. O evento exibiu o poderio militar chinês e reforçou sua narrativa histórica de resistência e sofrimento […]

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A China apresentou o sistema laser LY-1, uma arma de energia dirigida montada sobre caminhão, projetada para neutralizar drones e derrubar pequenos alvos aéreos. Crédito: CGTN

Em 3 de setembro de 2025, a China realizou uma grande parada militar em Pequim para marcar os 80 anos da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial, data que o país celebra como seu “dia da vitória”. O evento exibiu o poderio militar chinês e reforçou sua narrativa histórica de resistência e sofrimento durante o conflito.

O evento e sua importância

A cerimônia foi realizada na Praça Tiananmen e contou com a presença do presidente Xi Jinping, que ressaltou a escolha entre paz e guerra e apresentou a China como uma potência cada vez mais forte e autossuficiente. O desfile incluiu armas de alta tecnologia, drones, sistemas de defesa e mísseis estratégicos, incluindo o intercontinental DF-5, capaz de atingir qualquer ponto do planeta. Ao lado de Xi estavam líderes como Vladimir Putin e Kim Jong-un, reforçando a simbologia geopolítica do ato.

A segunda guerra mundial para a China

Para a China, a Segunda Guerra Mundial começou antes de 1939, com a invasão japonesa da Manchúria em 1931 e, sobretudo, com a guerra sino-japonesa de 1937. Isso fez com que o conflito fosse mais longo e devastador para os chineses do que para muitos outros países. Estimativas internacionais apontam entre 20 e 35 milhões de mortos, em sua maioria civis. Outras fontes elevam esse número ainda mais, incluindo vítimas de fome, doenças e massacres. Foi uma catástrofe nacional que marcou profundamente a memória coletiva chinesa.

Quantos DF-5 existem

O DF-5, exibido na parada, é um míssil balístico intercontinental com alcance de até 16 mil quilômetros. Estima-se que a China possua entre 10 e 20 lançadores desse modelo, mas isso não reflete a quantidade real de mísseis ou ogivas. Cada lançador pode ser reabastecido, e o arsenal total é bem maior. A modernização inclui variantes como o DF-5B, com múltiplas ogivas, e o DF-5C, em desenvolvimento.

O arsenal nuclear da China

O arsenal nuclear chinês é estimado em cerca de 600 ogivas em 2025, embora apenas algumas dezenas estejam prontas para uso imediato. A maioria permanece armazenada, distribuída entre mísseis terrestres, submarinos e bombardeiros. Projeções indicam que o país pode atingir 1.000 ogivas até 2030, consolidando sua posição como terceira potência nuclear mundial, atrás apenas de Rússia e Estados Unidos.

Comparação internacional

Os Estados Unidos possuem cerca de 3.700 ogivas, das quais 1.770 estão implantadas em sistemas de prontidão. A Rússia mantém aproximadamente 5.459 ogivas, sendo 4.309 de uso militar e 1.718 prontas para disparo. Juntos, russos e americanos concentram 90% das armas nucleares do planeta. França (290), Reino Unido (225), Índia (180), Paquistão (170), Israel (90) e Coreia do Norte (50) completam o grupo dos países com capacidade nuclear, mas em escala muito inferior.

A parada em Pequim mostrou que, além de modernizar seu arsenal, a China utiliza a memória da guerra para projetar força e unidade nacional. Um conflito que começou antes de 1939 e que ceifou dezenas de milhões de vidas ainda molda a identidade do país no século XXI.

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