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Assim como outros tipos de tecnologias, as criptomoedas são frequentemente associadas a quem é mais novo e inovador, mas será que isso é verdade? A resposta é “sim”, mas vale a pena aprofundarmos o assunto e as características.
Uma pesquisa publicada em outubro de 2024 pela CNN informou que cerca de 48% dos jovens entre 24 e 35 anos deixaram de gastar com algo do seu interesse para investir em novas tecnologias e inovações. As possibilidades de investimentos desses indivíduos são variadas, mas é certo que uma parcela grande foca nas criptomoedas e suas novas possibilidades.
Seja pela possibilidade de acompanhar flutuações em gráficos de plataformas especializadas, o tom “antissistema” dos movimentos de descentralização ou a maior sintonização entre as criptos e o que importa aos mais jovens, uma coisa é certa: as novas gerações preferem as criptos ao que é tradicional.
A possibilidade de acompanhar as oscilações de valores em tempo real
Um estereótipo que identifica as novas gerações pelo fato de que elas estão sempre “grudadas” ao celular. Embora a realidade seja ainda mais complexa, é um fato que a possibilidade de acompanhar informações ao vivo é um dos chamarizes tecnológicos. Isso vale também para o gráfico Bitcoin hoje, em sites como o Binance.
Essa experiência de acompanhar o sobe e desce da moeda em tempo real se conecta diretamente ao tipo de comportamento das novas gerações. Para a Geração Z, acostumada a consumir tudo de forma imediata, de notícias a entretenimento, observar o movimento das criptomoedas é quase tão natural quanto atualizar o feed de uma rede social.
Mais do que curiosidade, esse hábito carrega uma lógica estratégica: estar atento às oscilações é uma forma de enxergar oportunidades que poderiam passar despercebidas em modelos mais lentos de investimento. Essa dinâmica rápida dialoga com o imediatismo digital e com a cultura da “resposta rápida” que molda o consumo de conteúdo na era das notificações constantes.
Surgiu como parte de movimentos anti-establishment descentralizados
Um segundo estereótipo que pode ser associado à Geração Z e aos Millennials é o seu ativismo e a preocupação com as causas sociais e pessoais. Isso perpassa ideias “antissistema”, buscando se voltar contra todos aqueles em uma posição de poder. Naturalmente, essas estruturas de poder incluem os bancos e seus monopólios financeiros.
Considerando a natureza descentralizada das criptomoedas e o seu surgimento como uma alternativa às grandes corporações, é natural que elas atraiam os mais jovens a sim. A realidade atual é mais complexa do que essa breve explicação, mas não há dúvidas que a atração tem relação com a origem das criptos e as suas utilidades.
Está sintonizada com as principais tendências e memes nas redes sociais
Moedas “tradicionais”, como o real, o euro e o dólar, tem pouca ou nenhuma chance de alterar as suas estruturas com base nas mudanças drásticas que acontecem na sociedade do dia de hoje. As criptomoedas, por outro lado, não estão presas a esse sistema, o que permite a sintonização com as novas tendências atuais.
A “Dogecoin”, por exemplo, uma das criptomoedas mais bem sucedidas em existência no mercado de criptoativos, surgiu com base em um meme! E ela não é o único exemplo deste listado. Embora muitas tenham falhado com o passar do tempo, a possibilidade de estar atento ao novo é valiosa e atrai os jovens.
O apelo não é apenas econômico como é se pensar, mas também simbólico: investir em Bitcoin, para muitos, é um gesto de independência e de afastamento daquilo que consideram “engessado” no sistema financeiro tradicional.
Além disso, a própria narrativa de nascimento do Bitcoin — marcada pela crise financeira de 2008 e pela busca de alternativas às instituições que falharam com a população — reforça essa identidade contestadora. Para os jovens que cresceram em um cenário de crises econômicas e questionamento das autoridades, esse histórico tem um peso bem claro.
Há mais informações disponíveis e maior acessibilidade ao investimento
Hoje, há alguns espaços que as gerações mais jovens inerentemente veem como inacessíveis, considerando o quão burocrático é aprender sobre o tema. A economia é uma delas! Tradicionalmente, o mercado financeiro foi algo destinado àqueles que investem milhões e realizam cursos superiores nessa área.
As criptomoedas surgiram para provar que isso não precisa ser verdade. Por se tratar de algo vindo da internet, as informações são mais facilmente encontradas, o que leva as criptomoedas a serem mais acessíveis a quem busca aprender. Como resultado, mais jovens se dedicam a entender de economia.
É importante finalizar dizendo que, apesar da prevalência das criptomoedas e tecnologias adjacentes entre os jovens, elas não são unanimidades. Críticas existem e são feitas, o que é importante ressaltar. Aos que desejam investir na área, se torna essencial entender as nuances de pensamentos na internet.


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