Conheça Stephen Miller, a ‘mão do rei’ de Donald Trump

Stephen Miller: O 'primeiro-ministro' de Donald Trump executa seu plano para remodelar a América / Getty

Conselheiro próximo de Trump, Stephen Miller concentra poder decisivo e lidera políticas radicais que impactam milhões de imigrantes e cidadãos nos EUA


A “Mão do Rei” é uma figura fictícia da saga As Crónicas de Gelo e Fogo, que atua como o principal conselheiro e executor das ordens do rei, possuindo poderes e responsabilidades que fazem dela a segunda pessoa mais poderosa do reino de Westeros, ficando apenas abaixo do monarca. Nos bastidores da Casa Branca, há um homem que, embora nunca tenha sido eleito, concentra um poder que poucos ousariam imaginar. Stephen Miller, conselheiro próximo de Donald Trump e vice-chefe de gabinete, tornou-se a figura mais influente do atual governo norte-americano. Chamado por aliados de “o primeiro-ministro de Trump”, ele é visto como o cérebro por trás de decisões que estão remodelando a política dos Estados Unidos em quase todas as frentes.

Sua influência, no entanto, não se limita à estratégia política. Miller também é uma das vozes mais duras contra adversários ideológicos, como demonstrou recentemente em um memorial ao ativista conservador Charlie Kirk. Diante da plateia, lançou um aviso carregado de fúria contra aqueles que considera responsáveis pelo assassinato: “Vocês não têm ideia do dragão que despertaram”, afirmou. “Vocês não têm ideia de quão determinados estaremos para salvar esta civilização, para salvar o Ocidente, para salvar esta república.”

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O tom vingativo chamou a atenção não apenas pelo peso das palavras, mas porque, ao contrário de outros discursos inflamados, as ameaças de Miller encontram respaldo em sua capacidade real de transformar retórica em ação. Ele próprio já disse que deseja transformar a indignação conservadora em “um trovão de ação justa”.

O poder nos bastidores

Para muitos, Miller é hoje o burocrata não eleito mais poderoso de Washington. Sua presença se estende muito além da pauta de imigração, área pela qual ficou mais conhecido. Steve Bannon, estrategista de Trump no primeiro mandato, não hesita em defini-lo: “Ele é o primeiro-ministro. Não acho que haja um aspecto da política interna em que ele não esteja profundamente envolvido.”

Mas a ascensão de Miller também vem acompanhada de acusações de autoritarismo. No mês passado, classificou o Partido Democrata como uma “organização extremista doméstica”. Em outra ocasião, defendeu publicamente a suspensão do habeas corpus — um dos pilares constitucionais que garantem o devido processo legal.

Olivia Troye, ex-integrante do Conselho de Segurança Nacional, diz que sua predominância era previsível: “Eu sempre soube que, se Trump voltasse ao poder, seria o show do Stephen Miller, e é exatamente isso que temos hoje. Não há ninguém lá para contrabalançá-lo. É por isso que vemos muitas das coisas mais extremas acontecerem.”

O arquiteto das políticas mais polêmicas

De fato, Miller é associado às iniciativas mais controversas do governo Trump. Entre elas, a detenção de imigrantes sem documentos em audiências de rotina nos tribunais, a pressão para acabar com a cidadania por nascimento e a inédita decisão de enviar tropas armadas da Guarda Nacional e fuzileiros navais para as ruas de Los Angeles.

Seu raio de ação, no entanto, vai além da segurança e da imigração. Ele ajudou a articular ofensivas contra universidades, escritórios de advocacia, instituições culturais e veículos de imprensa. “Tudo isso foi Stephen, ligando os pontos”, revelou uma fonte próxima ao pensamento de Trump. “Ele tem a mão em tudo isso.”

Entre legalidade e radicalismo

Um traço marcante de sua atuação é a disposição em levar adiante propostas radicais, mesmo que fundamentadas em interpretações jurídicas frágeis. Alguns tribunais já declararam ilegais medidas apoiadas por ele, mas isso não tem contido sua ofensiva.

Para Skye Perryman, presidente do grupo Democracy Forward — responsável por contestar judicialmente centenas de ações do governo Trump desde sua volta à Casa Branca —, as digitais de Miller são inconfundíveis. “O extremismo e o exagero que temos visto, com sugestões de que o governo não precisa seguir ordens judiciais ou de que os direitos constitucionais podem ser usados como armas contra os cidadãos, carregam muito da marca de Stephen Miller.”

O homem por trás do trono

Desde 2017, quando Trump assumiu a presidência pela primeira vez, Miller esteve sempre ao lado dele. Foi o único integrante de alto escalão a permanecer fiel durante o período fora do poder e a regressar com o ex-presidente ao Salão Oval. Essa lealdade e proximidade o consolidaram como peça indispensável, não apenas para executar ordens, mas para moldar a própria visão de governo.

Hoje, enquanto Trump retorna ao centro da cena política americana, Miller opera como arquiteto de uma agenda que pretende redefinir os rumos do país. Para seus críticos, ele representa um risco às instituições democráticas. Para seus aliados, é o estrategista incansável que não mede esforços para proteger “a civilização” que diz estar em perigo.

Mas para seus aliados mais próximos, Stephen Miller é o retrato de uma administração que decidiu usar sem reservas toda a força dos poderes presidenciais para aplicar um pacote de medidas que, segundo eles, contam com apoio majoritário da população americana.

“Miller tem conhecimento e controle do aparato político, não apenas na Casa Branca, mas em todo o poder executivo”, explicou um lobista alinhado a Trump. “E ele mostrou ao governo como é possível usar todos os níveis de poder para alcançar um resultado.”

O próprio conselheiro evitou falar publicamente. Recusou pedidos de entrevista, mas a Casa Branca se apressou em defendê-lo. Em comunicado, a secretária de imprensa Karoline Leavitt destacou sua importância no círculo de confiança do presidente: “Ele é um dos conselheiros mais antigos e confiáveis de Trump por quase uma década. Posso atestar pessoalmente o respeito que o presidente tem por Stephen porque testemunho isso todos os dias.”

Segundo Leavitt, o ex-presidente deposita nele “a maior fé” e valoriza suas “comprovadas habilidades de liderança”. Ela o descreveu ainda como “extremamente eficaz em seu trabalho” e um “colega e amigo leal”, reforçando o peso de sua influência dentro do governo.

O medo dos críticos

Se para aliados Miller é um estrategista indispensável, para opositores ele representa um risco cada vez maior. Há quem tema que ele esteja disposto a usar a morte de Charlie Kirk como justificativa para intensificar o cerco contra a esquerda política e movimentos sociais críticos ao governo.

Em um podcast com o vice-presidente JD Vance, Miller já havia sinalizado esse caminho ao afirmar que a administração pretende canalizar a revolta pela morte do ativista para “erradicar e desmantelar… redes terroristas”. Ele, no entanto, não especificou a quais grupos se referia.

No memorial de Kirk, seu discurso inflamado deixou claro o tom beligerante que pretende imprimir. Voltou-se diretamente contra os opositores do movimento Make America Great Again: “Vocês não são nada. Vocês são maldade. Vocês são ciúme. Vocês são inveja. Vocês são ódio. Vocês não são nada.”

As palavras, carregadas de ressentimento, não ecoaram com tanta força no público presente. A reação tímida contrastou de forma gritante com a ovação emocionada recebida por Erika Kirk, viúva do influenciador assassinado. Entre lágrimas, ela surpreendeu ao adotar um tom oposto ao de Miller.

“A resposta para o ódio não é ódio”, declarou, em um gesto que soou como uma reprimenda à retórica agressiva do conselheiro. Sua fala, marcada pelo perdão ao assassino do marido, expôs a cisão emocional do evento: de um lado, a fúria que Miller busca mobilizar; do outro, a compaixão que parte da base conservadora ainda defende como resposta ao trauma.

As raízes de um ideólogo

A trajetória de Stephen Miller ajuda a explicar por que ele se tornou uma das figuras mais influentes — e controversas — da política americana atual. Filho de uma família judia de orientação democrata, cresceu em Santa Monica, Califórnia, em um dos bairros mais ricos da região. Desde cedo, já demonstrava opiniões fortes, especialmente sobre imigração.

Jason Islas, colega de infância, lembra que na escola os dois compartilhavam interesses como história, viagens espaciais e a música de Frank Sinatra. A amizade, porém, terminou de forma abrupta. “Um dia, na oitava série, ele disse que não queria mais ser meu amigo. E me deu uma lista de motivos. Minha ascendência latina estava na lista… Foi um pouco sádico”, contou Islas ao Financial Times.

O adolescente provocador

No ensino médio, Miller mergulhou na política. Tornou-se ouvinte fiel do radialista de direita Rush Limbaugh e de Larry Elder, um apresentador conservador popular entre os republicanos de Los Angeles. Virou presença assídua no programa de Elder, participando 69 vezes.

Nessa época, também ganhou fama de provocador. Costumava repreender colegas latinos por falarem espanhol em vez de inglês nos corredores da escola. Em sua biografia Hatemonger (2020), a jornalista Jean Guerrero descreve episódios em que Miller incentivava comportamentos hostis, como quando sugeriu que colegas jogassem lixo de propósito para que os faxineiros — em geral imigrantes — fossem obrigados a recolher. “Sou o único aqui que está cansado de ouvir que tenho que recolher meu lixo quando temos muitos zeladores pagos para fazer isso por nós?”, disse ele em discurso em um evento escolar.

Da Duke University à política nacional

Miller ganhou projeção nacional ainda como estudante da Universidade Duke. Em meio ao escândalo dos jogadores de lacrosse acusados de estuprar uma mulher negra — caso que se revelou falso posteriormente —, ele apareceu na Fox News para defender os atletas brancos, marcando sua primeira grande aparição na mídia conservadora.

Nos anos seguintes, já na década de 2010, iniciou sua carreira política em Washington. Trabalhou como assessor do senador republicano Jeff Sessions, do Alabama, e concentrou esforços em sabotar uma tentativa bipartidária de reforma do sistema migratório dos EUA, considerado falido. “Ele era uma voz solitária no deserto”, lembrou Matt Boyle, chefe do escritório de Washington do site conservador Breitbart. Mas sua linha dura rapidamente deixou de ser uma posição isolada para se tornar parte do discurso dominante do Partido Republicano. “Ele esteve à frente em todas as principais questões da época”, acrescentou Boyle.

O encontro com Trump

O passo seguinte foi decisivo. Em 2016, Miller ingressou oficialmente na primeira campanha presidencial de Donald Trump como redator de discursos. A química entre os dois foi imediata. “Stephen e o presidente se conectaram imediatamente”, contou Steve Bannon, que supervisionou a campanha. “Foi uma fusão de mentes.”

Com a entrada de Miller, os discursos de Trump ganharam nova densidade. “A qualidade melhorou, havia um pouco mais de seriedade e substância”, reconheceu Bannon. “Carisma só leva até certo ponto. No fim das contas, é preciso ter uma política bem pensada. E Stephen era o cara para isso.”

Esse foi o início da ascensão de Miller ao centro do poder republicano — uma trajetória que começara em Santa Monica com provocações adolescentes e agora se consolidava como a mente estratégica por trás da visão mais radical de governo que os Estados Unidos já experimentaram em décadas.

O arquiteto da linha dura

Quando foi contratado como conselheiro na primeira Casa Branca de Donald Trump, Stephen Miller rapidamente deixou sua marca no coração da política de imigração americana. Foi ele quem ajudou a redigir a chamada proibição de viagens a muçulmanos, que impôs restrições de entrada a cidadãos de diversos países de maioria islâmica, e também esteve por trás da política de “tolerância zero”, que em 2018 levou à separação de famílias na fronteira entre Estados Unidos e México.

As iniciativas, no entanto, encontraram obstáculos. Muitos de seus planos foram derrubados nos tribunais e enfrentaram forte resistência da própria burocracia federal, que via nas medidas uma afronta aos princípios constitucionais.

A reação contra Miller não veio apenas de adversários políticos. Dentro da própria família, houve indignação. Seu tio, o neuropsicólogo David Glosser, declarou-se horrorizado e chamou o sobrinho de “hipócrita da imigração”. Em uma dura crítica, afirmou que, se os EUA tivessem adotado no início do século XX políticas semelhantes às que Miller defendia, a família inteira teria “subido pelas chaminés dos crematórios” durante o Holocausto.

O choque com a Estátua da Liberdade

Um episódio emblemático de seu estilo ocorreu em 2017, quando Miller foi questionado se as políticas de restrição à imigração legal contradiziam o espírito do famoso poema gravado no pedestal da Estátua da Liberdade: “Dê-me seus cansados, seus pobres, suas massas amontoadas…” Ele respondeu de forma seca que o poema havia sido “adicionado posteriormente” e que a estátua, na realidade, não tinha ligação direta com imigração. A declaração virou símbolo de sua visão pragmática e sem concessões.

O estilo confrontador

Ex-funcionários que conviveram com Miller na época dizem que sua forma de trabalhar quebrava protocolos. Em vez de seguir o trâmite político habitual — que envolvia advogados, técnicos e consultas para garantir que as propostas fossem sólidas e legais — ele preferia agir de maneira imediata. “Stephen é mais ousado — ele não queria esperar. Ele dizia: ‘Não, vamos só fazer isso’. E esse ainda é o modus operandi dele”, relatou um ex-assessor.

Para apoiadores, essa postura era justamente o que faltava em Washington. “Ele levou quatro anos para descobrir como derrubar os burocratas de carreira cujo trabalho era apenas dizer não. Stephen estava sempre em busca do ‘sim’”, afirmou um ex-colega.

Mas seu foco obsessivo na criminalização de imigrantes irritava muitos. Um ex-oficial de segurança interna lembrou como Miller pedia histórias de imigrantes envolvidos em crimes de trânsito ou violência, ainda que sem condenação. “Ele queria pintar esse quadro de que os imigrantes são perigosos para os americanos”, disse o funcionário, que se recusou a seguir as ordens e deixou o cargo.

A preparação para o retorno

Derrotado Trump em 2020, Miller não se afastou. Pelo contrário, dedicou os quatro anos seguintes a desenvolver políticas que poderiam ser implementadas em um eventual retorno ao poder. Sem formação jurídica formal, cavou em arquivos históricos em busca de leis obscuras para sustentar juridicamente suas ideias. Em 2023, contou em um podcast como a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 poderia ser usada para deportações em massa sem devido processo legal, desde que houvesse uma “incursão predatória” nos EUA — argumento que mais tarde seria usado por Trump para enviar venezuelanos para El Salvador.

O homem forte da segunda Casa Branca

Com a vitória republicana, Miller foi nomeado vice-chefe de gabinete e rapidamente demonstrou que teria poderes ampliados para enfrentar a resistência burocrática que, segundo ele, havia travado seus planos no primeiro mandato.

Um episódio ocorrido em maio deixou claro seu novo nível de autoridade. Ao lado de Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, convocou autoridades de imigração a Washington para uma dura reprimenda pelo desempenho considerado insatisfatório nas prisões de imigrantes indocumentados.

“O tom era familiar”, recordou Olivia Troye, ex-assessora de segurança nacional. “Ele repreende as pessoas, dá sermões, reclama. Estávamos sempre pisando em ovos perto dele.”

Na reunião, Miller determinou uma meta ambiciosa: 3.000 prisões por dia, quatro vezes mais que a média registrada nos primeiros meses do segundo mandato de Trump. Pouco depois, vídeos começaram a circular nas redes mostrando agentes de imigração retirando solicitantes de asilo de dentro de audiências judiciais e abordando trabalhadores mexicanos em estacionamentos de lojas como a Home Depot.

O recado estava dado: desta vez, Stephen Miller não pretendia permitir freios institucionais. O que começou como o sonho de um adolescente provocador em Santa Monica agora se traduzia em políticas agressivas que redesenham, em ritmo acelerado, a vida de milhões de imigrantes nos Estados Unidos.

Escalada de tensão nas ruas

À medida que os protestos contra as políticas migratórias e de segurança se multiplicavam, Donald Trump recorreu à Guarda Nacional para reprimir as manifestações. A decisão ganhou ares ainda mais dramáticos quando Stephen Miller utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para justificar a medida. Em tom beligerante, declarou que Los Angeles havia se tornado “território ocupado”. “Há anos dizemos que esta é uma luta para salvar a civilização. Qualquer pessoa com olhos pode ver isso agora”, escreveu.

A popularidade inesperada

Críticos apontam Miller como a mente por trás das iniciativas juridicamente mais controversas da administração Trump. Ainda assim, alguns ex-colegas da primeira Casa Branca acreditam que ele é mais afinado com o sentimento popular do que muitos de seus adversários reconhecem.

“Ele tem uma capacidade incrível de ler as entrelinhas e entender como o eleitorado americano reagirá”, disse um ex-assessor. “Coisas como o ataque às instituições de elite, por exemplo, têm ótima aceitação em várias linhas partidárias, não apenas entre conservadores.”

Esse cálculo, segundo aliados, explicaria por que medidas vistas como radicais dentro de Washington encontram eco em parte significativa do país, sobretudo em regiões ressentidas com o establishment cultural e político.

A batalha nos tribunais

Mas a ofensiva não tem sido isenta de reveses. Dados do Serviço de Pesquisa do Congresso, órgão apartidário, revelam que nos primeiros 100 dias do mandato de Trump os tribunais federais emitiram 25 liminares nacionais contra o governo — um contraste gritante com as quatro registradas durante o mesmo período da gestão Biden.

Para Skye Perryman, presidente do grupo Democracy Forward, o motivo é claro: “Não é surpresa que o governo Trump esteja perdendo nos tribunais. Parece que estão permitindo que alguém que não é advogado comande sua estratégia jurídica.”

A crítica, embora indireta, mirava justamente Miller, acusado por opositores de forçar interpretações legais frágeis em nome de políticas de impacto político imediato.

O olhar do velho colega

Para Jason Islas, o amigo de infância que conviveu com Miller em Santa Monica, assistir à sua ascensão ao centro do poder político americano tem sido perturbador. Ele acreditava que as opiniões extremistas do colega de escola eram apenas uma fase, uma forma de rebeldia adolescente contra o clima liberal que dominava a cidade no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000.

O tempo, no entanto, mostrou o contrário. Em vez de se diluir, aquelas convicções apenas se intensificaram. “Nem todos nos tornamos uma versão mais profunda das nossas rebeliões da infância”, refletiu Islas. “Mas é isso que se tornou para ele. É algo que o consome.”

O retrato que emerge é o de um homem que transformou antigas provocações juvenis em projeto político, agora amplificado pelo poder da Casa Branca. Para uns, um estrategista visionário; para outros, a maior ameaça às instituições democráticas americanas em décadas.

Com informações de Financial Times*

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