China propõe apoio para reduzir tensões entre Palestina e Israel

Crise humanitária em Gaza é lembrada por Pequim como razão urgente para libertar detidos e reduzir a violência que sufoca a região.

Porta-voz chinês defende cessar-fogo imediato e reafirma apoio à criação de dois Estados como caminho viável para a paz no Oriente Médio


Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (30), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou que o país asiático apoia todas as iniciativas que contribuam para a diminuição das tensões no conflito entre Palestina e Israel.

A fala ocorreu em resposta a uma pergunta sobre o plano apresentado pela administração de Donald Trump, que tinha como objetivo encerrar os confrontos na Faixa de Gaza. Embora não tenha se aprofundado no conteúdo da proposta norte-americana, Guo ressaltou que a posição da China é clara: todas as medidas que ajudem a conter a violência e abrir caminho para a paz devem ser consideradas positivas.

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O porta-voz destacou que Pequim defende a implementação efetiva das resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema. Ele reforçou a necessidade urgente de alcançar um cessar-fogo imediato e abrangente em Gaza, além da libertação de todos os detidos e da adoção de medidas rápidas para aliviar a grave crise humanitária que atinge a população local.

Guo lembrou que a China mantém como princípio central a ideia de que “os palestinos governam a Palestina”. Para Pequim, a solução de dois Estados continua sendo a base essencial para qualquer negociação que vise uma paz sustentável na região.

Segundo o representante do governo chinês, o país está disposto a cooperar com a comunidade internacional para buscar uma solução que seja não apenas rápida, mas também abrangente, justa e duradoura para a questão palestina. Ele reforçou que a China está pronta para empreender esforços incansáveis nesse sentido, contribuindo para que a região encontre estabilidade e perspectivas de futuro.

China busca ampliar cooperação global na educação em engenharia

Além de sua atuação no campo diplomático, a China também tem sinalizado disposição em reforçar parcerias no setor educacional e científico. O ministro da Educação, Huai Jinpeng, afirmou recentemente que o país está pronto para aprofundar os intercâmbios e a colaboração internacional na área de engenharia, com foco no aprimoramento da formação de profissionais e no avanço das reformas educacionais globais.

As declarações foram feitas durante a Segunda Conferência Internacional para Treinamento de Excelentes Engenheiros, realizada em Beijing no último sábado. Na ocasião, Huai apresentou três propostas centrais: criar padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente para a educação em engenharia, explorar novos caminhos de reforma adaptados à era da inteligência artificial e construir uma rede de cooperação aberta e inclusiva entre instituições de ensino de todo o mundo.

De acordo com o ministro, a experiência da China na formação de engenheiros tem oferecido exemplos valiosos que podem inspirar mudanças no ensino global. Ele destacou que o país abriga hoje o maior sistema de ensino superior em engenharia do planeta, com mais de 9 milhões de estudantes matriculados, resultado de investimentos constantes do governo chinês.

Huai chamou atenção para o impacto da revolução tecnológica em andamento, lembrando que áreas estratégicas, como inteligência artificial, ciências da vida e energias sustentáveis, estão transformando a indústria e exigem uma nova geração de talentos capazes de lidar com desafios complexos, como mudanças climáticas e inovação em larga escala.

Durante a conferência, foi assinada uma declaração conjunta entre a Associação Chinesa de Ciência e Tecnologia, a Associação de Credenciamento de Educação em Engenharia da China e a Aliança Internacional de Engenharia. A iniciativa busca estabelecer padrões globais unificados para programas de mestrado e doutorado em engenharia, suprindo uma lacuna no reconhecimento de talentos de alto nível nesse setor.

O encontro também resultou em novas parcerias entre universidades chinesas e instituições de diferentes continentes. Entre elas estão a Universidade Jiaotong de Beijing, a Universidade de Tongji e a Universidade de Chongqing, que firmaram acordos de cooperação com universidades como a Politécnica de Valência (Espanha), a Unicamp (Brasil), o Instituto de Tecnologia de Bandung (Indonésia), a Universidade Nacional de San Marcos (Peru), a Universidade de Nairóbi (Quênia) e a Universidade Nacional do Laos. Essas colaborações terão como foco a formação de engenheiros de excelência por meio de projetos conjuntos e programas de intercâmbio acadêmico.

O evento foi organizado pela União Chinesa para a Formação de Excelentes Engenheiros, com apoio de instituições de ensino superior e empresas estratégicas como a China Communications Construction Co., a GEM Co. e a China Southern Power Grid Co., reforçando a ligação entre educação, inovação e desenvolvimento industrial.

Com informações de Xinhua*

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