Segundo a Forbes, a fortuna de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, atingiu US$ 7,3 bilhões em setembro de 2025, um salto de US$ 3 bilhões em apenas um ano. O avanço foi puxado, sobretudo, pelo mercado de criptomoedas, que rendeu cerca de US$ 2 bilhões após sua volta à Casa Branca. Uma decisão judicial que derrubou multa de meio bilhão de dólares e a revitalização de sua marca também contribuíram para o resultado.
O portfólio de Trump é diversificado, mas concentra-se em cinco grandes pilares: criptoativos e liquidez, mídia, resorts de luxo, imóveis e negócios de licenciamento.
No setor de criptomoedas, o ex-presidente soma US$ 2,4 bilhões, distribuídos em liquidez (US$ 1,1 bilhão), memecoins lançadas na sua posse (US$ 709 milhões), tokens da World Liberty Financial (US$ 338 milhões) e sua própria stablecoin (US$ 235 milhões). Parte desse impulso veio após um fundo ligado ao presidente dos Emirados Árabes aceitar usar o USD1, a moeda digital de Trump, em um aporte de US$ 2 bilhões em uma transferência global.
Já a Trump Media & Technology Group, dona da Truth Social, tem valor estimado em US$ 2 bilhões, apesar de prejuízos expressivos: em 2024, a empresa registrou receita de apenas US$ 3,6 milhões e perdas de US$ 401 milhões. O valor, inflado por investidores fiéis ao ex-presidente, resiste mesmo após queda de mais de 50% nas ações.
Nos resorts e clubes de golfe, Trump acumula US$ 1,3 bilhão. Seu clube mais emblemático, Mar-a-Lago, em Palm Beach, vale cerca de US$ 490 milhões, seguido pelo resort Doral Miami (US$ 255 milhões) e 10 campos de golfe nos EUA, que juntos chegam a US$ 507 milhões. A operação internacional, com três propriedades na Escócia e Irlanda, soma US$ 118 milhões.
O setor de imóveis ainda é um pilar fundamental para o presidente dos EUA, avaliado em US$ 1,2 bilhão. Entre os ativos, estão o Trump Tower (US$ 115 milhões líquidos), o arranha-céu 555 California Street, em San Francisco (US$ 120 milhões líquidos de sua participação), e o edifício 1290 Avenue of the Americas, em Nova York (US$ 137 milhões líquidos). Trump também mantém propriedades residenciais na Flórida, em Manhattan e até em St. Martin, além do tradicional hotel em Chicago.
Outro ponto de destaque é o negócio de licenciamento e gestão da marca Trump, que surpreendeu com uma guinada recente, alcançando US$ 501 milhões após anos de desgaste com o ataque ao Capitólio em 2021. O retorno à Casa Branca fez a procura pelo nome Trump disparar, especialmente em contratos internacionais.
Apesar do crescimento, a Forbes ainda contabiliza US$ 95 milhões em passivos legais, que incluem indenizações a E. Jean Carroll e outras pendências judiciais.
A soma de ganhos expressivos em cripto, mídia e propriedades de luxo contrasta com a frase que o próprio Trump escreveu em The Art of the Deal, a sua autobiografia: “Dinheiro nunca foi uma grande motivação para mim, exceto como uma forma de manter uma pontuação alta. A verdadeira emoção está em jogar o jogo.”