Haddad vai aos EUA em outubro para reunião do G20 e negociar tarifas com o governo Trump

AGENCIA BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (2) que deve embarcar para Washington em meados de outubro para uma série de compromissos oficiais. A agenda inclui a reunião dos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, marcada para os dias 15 e 16, e abre espaço para encontros bilaterais com autoridades norte-americanas.

“Eu provavelmente vou na outra semana (semana do dia 13 de outubro) para Washington. Tenho uns encontros lá e tenho o G20. Eu devo ir e também vai ser uma oportunidade de conversar”, afirmou Haddad, segundo reportagem do jornal O Globo.

Negociações com o Tesouro americano

Além da participação no G20, o ministro pretende avançar nas tratativas com o governo dos Estados Unidos sobre as tarifas aplicadas a produtos brasileiros. Haddad indicou a possibilidade de se reunir com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, para discutir o tema.

“Eu tenho uma ida para os Estados Unidos para o G20. Na pior das hipóteses, acredito que a gente vai se falar lá. Mas quem sabe antes disso os dois gabinetes marquem uma reunião. É possível também”, disse o ministro durante um evento promovido pelo Itaú BBA no início da semana.

O Brasil tem buscado abrir diálogo com Washington em meio ao aumento de tensões comerciais e à adoção de novas barreiras tarifárias por parte do governo norte-americano, que afetam diretamente setores estratégicos da economia brasileira.

Avanço nas tratativas Lula-Trump

A viagem de Haddad pode coincidir com as conversas em andamento para um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Não tenho informação de data, mas as tratativas estão sendo feitas [entre os governos Brasil e EUA]”, afirmou Haddad, confirmando que equipes dos dois países já negociam detalhes da possível reunião.

A expectativa é que os temas econômicos e comerciais dominem a pauta do encontro presidencial, caso seja confirmado, incluindo as tarifas impostas a exportações brasileiras e possibilidades de cooperação bilateral em setores estratégicos.


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