O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), voltou a afirmar que o Brasil espera que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia seja assinado até o final de 2025, com prioridade para a cúpula do bloco prevista em dezembro.
Alckmin destacou que o governo trabalha para diversificar os mercados brasileiros diante das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, e que o tratado com a UE representa um pilar estratégico nessa agenda. “Fizemos acordos com Singapura e com a EFTA e, até o fim do ano, esse acordo com a UE será assinado”, declarou em entrevista à rede de rádio CBN.
Desde julho, ele já vinha reforçando essa expectativa em encontros com representantes europeus e setor produtivo, inclusive durante reunião com a Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu. Na ocasião, classificou o tratado como “extremamente importante” para investimento, comércio e posicionamento geopolítico do Brasil.
A Comissão Europeia, por sua vez, divulgou o texto final do acordo em Bruxelas no início de setembro, fato que marcou um avanço nas negociações. Segundo Alckmin, mesmo diante de críticas de agricultores franceses, o Brasil segue empenhado em superar resistências: “Difícil ter unanimidade. Até o Mercosul, quando foi criado, não havia unanimidade”, afirmou.
A assinatura do tratado entre os 27 países da UE e os membros do Mercosul ainda depende de processos internos de aprovação, traduições e ratificações nacionais. Caso se concretize em dezembro, o acordo abrirá portas a eliminação de tarifas e facilitará intensificação do comércio entre os blocos.