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PSB corre para atrair Marina Silva, Simone Tebet e ministros de Lula antes das eleições de 2026

O PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, intensificou as movimentações para reforçar sua base política de olho nas eleições de 2026. Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, a legenda busca filiar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), além de atrair outros nomes do governo Luiz Inácio Lula da Silva que enfrentam incertezas […]

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AGENCIA SENADO

O PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, intensificou as movimentações para reforçar sua base política de olho nas eleições de 2026. Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, a legenda busca filiar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), além de atrair outros nomes do governo Luiz Inácio Lula da Silva que enfrentam incertezas em seus partidos atuais, como Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Simone Tebet (Planejamento).

Desde junho, quando o prefeito do Recife, João Campos, assumiu a presidência nacional do PSB, o partido tem trabalhado para consolidar uma estratégia que combine fortalecimento interno e protagonismo nas disputas eleitorais. As prioridades incluem manter Alckmin como vice na chapa de Lula, ampliar a bancada na Câmara dos Deputados e lançar candidaturas competitivas ao Senado em estados estratégicos.

Marina Silva avalia retorno ao PSB

A possível filiação de Marina Silva é vista como o movimento mais avançado até o momento. A ministra do Meio Ambiente tem interesse em disputar uma vaga no Senado e vem sendo cortejada diretamente por João Campos e pela deputada federal Tabata Amaral (SP). Antes de oficializar qualquer mudança, no entanto, Marina precisa resolver questões jurídicas internas relacionadas à Rede Sustentabilidade, partido que fundou em 2015 após deixar o PSB.

Caso a migração se concretize, representará um retorno simbólico. Marina construiu parte de sua trajetória política no PSB e chegou a disputar a Presidência da República em 2014, após assumir a cabeça de chapa no lugar de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo durante a campanha.

Simone Tebet pode disputar o Senado por São Paulo

Outro nome em avaliação pelo PSB é Simone Tebet. A ministra do Planejamento, atualmente filiada ao MDB, aparece em pesquisas eleitorais como possível candidata ao Senado por São Paulo. Embora seu domicílio eleitoral seja o Mato Grosso do Sul, uma mudança para o maior colégio eleitoral do país está em discussão.

A filiação ao PSB poderia facilitar o caminho de Tebet, já que o MDB paulista — liderado pelo prefeito da capital, Ricardo Nunes — se posiciona na oposição ao governo Lula. “Não diria que o MDB tem a porta fechada, mas ela não é de São Paulo”, afirmou Nunes. “Com todo o carinho que tenho por ela, não vejo a menor condição de ser candidata ao Senado aqui.”

Minas Gerais no radar socialista

Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, o PSB também trabalha para atrair lideranças insatisfeitas em outros partidos, especialmente no PSD. A filiação do vice-governador Mateus Simões ao Novo provocou reconfigurações políticas que podem abrir espaço para novas alianças.

Entre os nomes cogitados estão o ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Fontes do PSB afirmam, no entanto, que Pacheco avalia outras possibilidades, como uma futura indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Já Silveira tende a seguir alinhado ao que for decidido pelo presidente Lula. A legenda prefere aguardar os próximos movimentos do líder do PSD, Gilberto Kassab, antes de avançar nas negociações.

Manuela D’Ávila avalia retorno no Rio Grande do Sul

No Sul do país, o PSB tenta atrair a ex-deputada federal Manuela D’Ávila, que deixou o PCdoB em 2024. Candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018, Manuela é vista como um nome capaz de impulsionar a bancada socialista no Rio Grande do Sul, seja como candidata ao Senado ou como puxadora de votos para a Câmara dos Deputados.

A filiação de Manuela, porém, enfrenta desafios internos. Ela conta com apoio do ex-deputado Beto Albuquerque, mas parte do PSB gaúcho defende manter alianças com o governador Eduardo Leite (PSD). A definição dependerá do equilíbrio entre as forças locais e a estratégia nacional do partido.

Estratégia para 2026

Com essas movimentações, o PSB busca consolidar uma imagem de partido estratégico dentro da base governista. A meta é ampliar o número de parlamentares, reforçar a presença em estados-chave e se apresentar como peça fundamental para a manutenção da coalizão que sustenta o governo Lula.

João Campos, principal articulador dessas ações, trabalha para posicionar o PSB como uma força capaz de dialogar tanto com setores progressistas quanto com políticos moderados que podem abandonar siglas tradicionais em busca de espaço competitivo. O partido aposta que a atração de nomes de destaque fortalecerá candidaturas majoritárias e garantirá influência em um Congresso que tende a permanecer fragmentado.

Possíveis impactos políticos

Caso Marina Silva e Simone Tebet confirmem a filiação, o PSB ganharia projeção nacional e maior peso nas negociações internas da base de apoio ao governo. A presença de duas ministras de primeiro escalão ampliaria o espaço da legenda no Palácio do Planalto e poderia influenciar a composição de chapas em 2026.

Além disso, a movimentação pode impactar diretamente a disputa pelo Senado em estados como São Paulo e Rio Grande do Sul, onde a oposição busca se reorganizar. O partido também mira fortalecer sua presença em Minas Gerais, estado decisivo em eleições presidenciais.

Reorganização no campo governista

As negociações refletem o ambiente de reacomodação política que antecede as eleições de 2026. Com o presidente Lula buscando consolidar apoio para um eventual segundo mandato e partidos da base tentando ampliar seu peso interno, a movimentação de quadros ministeriais ganha importância estratégica.

O PSB pretende se firmar como um dos principais pilares da aliança governista, competindo com o MDB e o PSD pela liderança entre as siglas de centro e centro-esquerda. A definição das candidaturas ao Senado e a construção de palanques fortes nos estados serão determinantes para esse objetivos.

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