China para de comprar soja dos EUA e Brasil é visto como ameaça aos agricultores norte-americanos

A China interrompeu as importações de soja dos Estados Unidos desde maio, após impor tarifa de 20% sobre o produto em retaliação ao tarifaço de Trump, e tem favorecido países da América do Sul no mercado global. Enquanto os EUA praticamente não registraram vendas para os chineses entre junho e agosto, o Brasil bateu recordes de exportação no mesmo período, segundo a Federação de Fazendeiros (American Farm Bureau) e associações agrícolas.

O cenário é visto por produtores americanos como um sinal claro de que Brasil e Argentina estão se consolidando como “substitutos” dos EUA no fornecimento da China. A soja continua sendo um dos principais itens de exportação dos EUA, mas agora enfrenta forte concorrência sul-americana.

Para amenizar os prejuízos dos agricultores, o governo de Donald Trump planeja anunciar em breve um pacote de ajuda, estimado entre US$ 10 bilhões e US$ 14 bilhões. Enquanto isso, o setor pede urgência nas negociações com a China, visto que “os EUA não fizeram nenhuma venda da nova safra para o maior comprador mundial de soja”.

Lucas Allabi: Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab
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