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Rui Costa vê telefonema entre Lula e Trump como início de nova fase nas relações Brasil-EUA

Ministro avalia mudança de tom entre Brasília e Washington O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a recente conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa um marco para redefinir a relação bilateral. Em entrevista à rádio Salvador FM, repercutida pelo Valor […]

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Ministro avalia mudança de tom entre Brasília e Washington

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a recente conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa um marco para redefinir a relação bilateral. Em entrevista à rádio Salvador FM, repercutida pelo Valor Econômico nesta terça-feira (7), ele classificou o contato como um “ponto de partida” para restabelecer um relacionamento “civilizado e sem agressões”.

Segundo Costa, a ligação mostrou que o governo brasileiro está comprometido em reconstruir pontes diplomáticas e retomar um diálogo pragmático com Washington. “A conversa foi importante. O Brasil e os Estados Unidos têm uma tradição diplomática e comercial de mais de 200 anos. Não faz sentido essa animosidade, essa agressão que o Brasil sofreu”, afirmou o ministro.


O telefonema, ocorrido na manhã de segunda-feira (6), durou cerca de 30 minutos e tratou principalmente do tarifaço imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros. Para Rui Costa, o gesto sinaliza disposição de ambos os governos em superar um período marcado por tensões políticas e comerciais.

“O Brasil não quer confusão com ninguém. Queremos cultivar amizade, negócios e parcerias com todas as nações”, declarou o ministro. Ele acrescentou que o retorno da comunicação direta pode ajudar a restabelecer a cooperação histórica entre as duas maiores economias do continente.

De acordo com fontes do Itamaraty, o diálogo também serviu como preparação para um encontro presencial entre Lula e Trump, que pode ocorrer ainda este mês durante um evento internacional na Malásia, caso as negociações avancem.


Definição de equipes para negociar

A conversa resultou na escolha dos representantes que darão continuidade às tratativas comerciais e diplomáticas. Pelo lado brasileiro, foram designados os ministros:

  • Mauro Vieira (Relações Exteriores)
  • Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)
  • Fernando Haddad (Fazenda)

Os Estados Unidos indicaram o secretário de Estado Marco Rubio como interlocutor direto da Casa Branca.

Rui Costa afirmou que a iniciativa pode abrir caminho para revisões de sanções econômicas e restrições a autoridades brasileiras, impostas pelo governo norte-americano em meio às disputas comerciais. “Esse telefonema nos permite ser otimistas de que as negociações voltarão ao lugar de onde nunca deveriam ter saído: a mesa de diálogo”, declarou.


Superar tensões e reconstruir pontes

A ligação acontece após meses de desgaste nas relações bilaterais, intensificado pelas tarifas de 50% impostas por Trump sobre diversos produtos brasileiros. O governo dos EUA justificou a medida com alegações de desequilíbrio comercial e questões políticas, mencionando o julgamento e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Segundo diplomatas, o Itamaraty buscou uma aproximação gradual para reduzir riscos diante do comportamento imprevisível do governo norte-americano. A recomendação foi iniciar o contato por chamada virtual antes de um encontro presencial, para avaliar convergências e divergências.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que novas conversas estão previstas e que a diplomacia brasileira manterá postura discreta para evitar tensões públicas durante as negociações.


Estratégia do governo brasileiro

O Planalto entende que a normalização do diálogo com Washington é essencial para proteger setores estratégicos afetados pelas tarifas, como aço, alumínio e biocombustíveis. O governo brasileiro também vê a retomada de relações como oportunidade para atrair investimentos e fortalecer a imagem do Brasil como parceiro confiável no comércio internacional.

Além do comércio, interlocutores apontam que uma agenda de cooperação pode incluir energia limpa, inovação tecnológica e segurança regional. A prioridade imediata, contudo, é evitar escalada de retaliações comerciais e buscar revisão das medidas restritivas.


Diplomacia como ferramenta de reposicionamento

Para Rui Costa, o episódio reforça a visão do governo Lula de que a política externa deve funcionar como instrumento de cooperação e protagonismo global. Ao defender diálogo direto com os Estados Unidos, o Planalto busca reconstruir relações abaladas nos últimos meses e ampliar a presença do Brasil em negociações comerciais e políticas de grande impacto.

“O Brasil não quer confusão com ninguém”, reiterou o ministro. “Queremos cultivar amizade, negócios e parcerias com todas as nações.”


📌 Resumo do impacto:

  • Lula e Trump conversaram por 30 minutos sobre tarifas e relações comerciais.
  • Rui Costa chamou a ligação de “ponto de partida” para um relacionamento “civilizado e sem agressões”.
  • Foram definidos interlocutores oficiais para continuar as negociações.
  • O governo brasileiro busca reverter sanções e reduzir tensões com os EUA.
  • Diplomacia mira reconstruir laços históricos e atrair investimentos estratégicos.
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