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Extrema direita portuguesa sofre revés em eleições locais e conquista apenas três prefeituras

O partido de extrema direita Chega teve um desempenho bem abaixo do esperado nas eleições municipais realizadas neste domingo (12) em Portugal. A legenda, liderada por André Ventura, conquistou apenas três das 308 prefeituras em disputa — número muito inferior às cerca de 30 esperadas pelos dirigentes do partido. Mesmo assim, o Chega mantém presença […]

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André Ventura, líder do partido Chega. Foto: Pedro Rocha/AFP

O partido de extrema direita Chega teve um desempenho bem abaixo do esperado nas eleições municipais realizadas neste domingo (12) em Portugal. A legenda, liderada por André Ventura, conquistou apenas três das 308 prefeituras em disputa — número muito inferior às cerca de 30 esperadas pelos dirigentes do partido. Mesmo assim, o Chega mantém presença relevante no cenário político português.

O partido obteve 12% dos votos válidos, menos do que os 23% alcançados nas eleições parlamentares de cinco meses atrás, quando se tornou a principal força de oposição do país. O resultado representa uma desaceleração da ascensão do Chega, que vinha ampliando sua influência desde a entrada de seu primeiro representante no Parlamento, em 2019.

O Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, foi o grande vencedor do pleito, conquistando 136 prefeituras — entre elas as de Lisboa e Porto — e ampliando sua presença em relação às 114 obtidas nas eleições anteriores. O Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, ficou logo atrás, com 128 prefeituras.

Apesar de ter obtido o terceiro maior número de votos entre todos os partidos, o Chega ficou atrás até mesmo de candidatos independentes, que venceram em 20 municípios, e do Partido Comunista, que conquistou 12.

Ventura reconheceu o mau desempenho e afirmou que o partido ainda precisa consolidar uma base sólida em nível local para alcançar o poder nacional. “Hoje demos um primeiro passo nessa direção, mas ainda estamos longe desse objetivo”, disse o líder da sigla após o resultado.

Fundado com um discurso voltado contra a corrupção e a imigração, o Chega tem defendido pautas morais e étnico-nacionalistas, como o fim da chamada “ideologia de gênero” nas escolas, o corte de gastos sociais com comunidades ciganas e a restrição da entrada de estrangeiros — posições que o aproximam de outros partidos da extrema direita europeia, como o Reunião Nacional, da França, e o AfD, da Alemanha.

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Lucas Allabi

Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab

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