A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) instalou um centro de inteligência em Belém (PA) para reforçar as ações de segurança durante a COP30, conferência climática das Nações Unidas que ocorre neste mês na capital paraense. A estrutura começou a operar no início de novembro e permanecerá ativa até o dia 23, período que abrange os principais eventos do encontro internacional.
Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, o centro reunirá equipes da Abin destacadas no Pará e em outras regiões do país. O objetivo é produzir relatórios diários sobre o cenário local, identificar riscos e apoiar as autoridades responsáveis pela segurança de delegações e chefes de Estado.
Em nota, a agência informou que a estrutura foi criada para “agilizar o processamento e a disseminação de informações estratégicas”, além de antecipar possíveis ameaças “intencionais ou não intencionais”. O comando da Abin afirma que as ações buscam fornecer respostas rápidas a situações que exijam atuação imediata das forças de segurança.
Monitoramento ampliado no Rio de Janeiro
Paralelamente, a Abin instalou um centro de inteligência no Rio de Janeiro, cidade que sedia eventos paralelos à COP30, como o Fórum de Líderes Locais e o Encontro Mundial de Prefeitos. Essas agendas contam com a presença de autoridades internacionais e gestores de grandes cidades, ampliando a necessidade de monitoramento de segurança.
A unidade fluminense acompanha deslocamentos, estruturas de recepção e locais de reuniões, com foco em garantir o cumprimento dos protocolos de proteção definidos pelo governo federal.
Belém no centro das atenções globais
A COP30 reúne milhares de representantes de governos, organismos multilaterais, sociedade civil e lideranças ambientais para debater metas climáticas e estratégias de transição ecológica. Esta é a primeira vez que o evento ocorre na Amazônia, o que coloca Belém no centro das discussões internacionais sobre preservação ambiental e desenvolvimento sustentável na região.
Com a chegada de delegações estrangeiras e altas autoridades, a segurança se tornou tema central dos preparativos. A ação da Abin soma-se ao esquema integrado montado pelos governos federal, estadual e municipal, que envolve forças policiais, órgãos de defesa e equipes de inteligência.
O governo brasileiro espera que a estrutura contribua para garantir um ambiente seguro e estável durante as negociações climáticas, consideradas estratégicas para o país e para a agenda global de combate às mudanças climáticas.